A mãe apontada pela polícia como assassina do próprio filho, um bebê recém-nascido nesta quinta-feira (15) no município de Nísia Floresta, na Grande Natal, já recebeu alta médica e não se encontra mais na Maternidade Escola Januário Cicco, na zona Leste de Natal. A mulher foi socorrida por familiares com hemorragia logo após ter realizado o próprio parto e, em seguida, ter jogado o bebê pela janela do banheiro da casa onde mora.
De acordo com a vice-diretora da unidade médica, Maria da Guia Garcia, a mulher recebeu atendimento médico e recebeu alta logo em seguida, na sexta-feira (16). A diretora, entretanto, não soube detalhar os procedimentos pelos quais passou a parturiente.
Maria da Guia relatou, contudo, que todos os procedimentos burocráticos relacionados à morte do recém-nascido, à internação da mãe e à própria alta do hospital foram acompanhadas pela família da mulher. "Eles resolveram tudo de maneira hábil", disse a vice-diretora da Maternidade Escola.
Inquérito Policial
As circunstâncias da morte do recém-nascido serão investigadas pelas Delegacia de Polícia Civil de Nísia Floresta. De acordo com a agente Maria Cícera de Oliveira, a mulher que matou o próprio filho recém-nascido é uma jovem de 19 anos de idade. "Ela é uma mulher com mais de 100 quilos, mãe de um menino que é criado por outra pessoa. A família nos disse que ela escondeu a gravidez durante todos os meses, escondeu o parto também", relatou a agente de Polícia Civil.
Maria Cícera esclareceu que, de acordo com o Boletim de Ocorrência registrado na Delegacia de Nísia Floresta, o parto ocorreu por voltar das 6h30 da quinta-feira (15). Entretanto, a polícia só tomou conhecimento do caso no dia seguinte, quando a mãe adotiva do primeiro filho da jovem que matou o recém-nascido se dirigiu à Delegacia para relatar a ocorrência.
A mulher de 19 anos segue em liberdade e o delegado Alexsandro Gomes Bezerra será o responsável pelas investigações do caso. Dentre os procedimentos que serão adotados, está um exame neurológico, para comprovar algum problema neurológico na acusada.
Após ouviu testemunhas e colher dados da ocorrência, o delegado encaminhará o inquérito policial à Justiça. A jovem poderá responder pelo crime de infanticídio, que é a morte provocada em um recém-nascido.
Fonte: G1/Cidade News Itaú
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