A promotora de Justiça Patrícia Antunes Martins, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco/RN), aponta o filho do empresário mossoroense José Mendes da Silva, Alcivan Mendes, como "chefão" do grupo acusado de formação de quadrilha, distribuição ilegal de álcool, adulteração de combustíveis, lavagem de ativos e sonegação fiscal.
A operação conjunta do Ministério Público Estadual, Secretaria Estadual de Tributação (SET), Polícia Civil, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Agência Nacional de Petróleo (ANP), que recebeu o nome de Drible, foi realizada no início da manhã dessa terça-feira (13) nas cidades de Natal, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, São José do Mipibu, Taipu, Extremoz e Mossoró, além da Paraíba (PB). Participaram 20 promotores de justiça, 22 auditores fiscais da SET, 84 policiais rodoviários federais e 4 delegados de Polícia Civil com suas respectivas equipes.
Os participantes da operação concederam coletiva à imprensa, no fim da manhã de ontem, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, bairro de Candelária, em Natal. As equipes entraram em ação simulta-neamente nas várias cidades onde a quadrilha atuava. Em Mossoró, foram apreendidos documentos em dois escritórios de contabilidade. Em Natal, a promotora de Justiça Patrícia Antunes Martins, coordena-dora do Gaeco, destacou que a missão era cumprir quatro prisões.
Destas quatro prisões, a promotora destacou que foram cumpridas duas: Alexandre Bruno Mendes Correia, gerente do grupo 30 de Setembro, e o advogado João Maia Sátiro de Barros. Alcivan Mendes, filho do empresário José Mendes, apontado por ela como o “chefão” do grupo, está foragido, assim como Severino Fernandes Nunes que, segundo a investigação, seria um dos laranjas do grupo. Ele é paraibano e aparece como sócio de uma das empresas de fachada usada pela quadrilha, usando o nome falso de João Henrique. Estão sendo cumpridos ainda 16 mandados de busca e apreensão.
Modus Operandi
Martins detalhou o “modus operandi” da quadrilha. “Eles compravam combustível, principalmente álcool, através de uma empresa fantasma do ramo de alimentos. E descumpriam as determinações da ANP ao adquirir o produto diretamente da usina, quando é norma comprar das distribuidoras. Assim, sonegavam imposto. A irregularidade foi detectada pela SET e depois eles criaram uma nova firma com laranjas, que constavam do contrato social como sócios, só que um possivelmente não existe e outro usava documento falso”, conta a promotora.
Essa fraude também foi detectada e, a partir daí, eles recorreram a empresas da Paraíba. A principal usina que abastecia o esquema era a Ypióca, de Ceará Mirim. Sabe-se que os acusados agiam desde 2005 e sonegaram, por baixo, R$ 7 milhões, resultado da movimentação de 20 milhões de litros de álcool.
Fonte: Defato/Cidade News Itaú
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