O MEC (Ministério da Educação) admitiu nesta quinta-feira (8) que o consórcio aplicador do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2012 excluiu por engano uma candidata que teria publicado na internet uma imagem da prova. Segundo o ministério, os responsáveis por aplicar o exame acabaram por tirar da prova uma homônima, que nada tinha a ver com a história, mesmo com o órgão tendo, ainda de acordo com a nota, "identificado corretamente a candidata".
As duas têm o primeiro e o último nome iguais -mas os sobrenomes do meio são diferentes. O órgão diz que, se a candidata Jaqueline Chen quiser, poderá fazer uma nova prova. A menina que efetivamente publicou a foto foi excluída
Segundo o jornal "O Estado de S. Paulo", a foto teria sido publicada no sábado (3) pelo perfil de Jacqueline Chen no Instagram. No domingo (4), a candidata da capital foi informada por um fiscal de sala da desclassificação e teria sido obrigada a assinar um termo de eliminação do Enem 2012 pela postagem da foto. De acordo com o jornal, a estudante chegou a pedir provas de que teria sido ela a autora da imagem, mas foi informada que a ordem veio de Brasília e que ali eles não tinham nenhuma prova.
O MEC desclassificou pelo menos 65 candidatos do Enem com a alegação de que eles teriam publicado fotos durante o exame nas redes sociais.
Fotos na web
No primeiro dia de aplicação do Enem 2012, 37 candidatos foram eliminados por postar fotos nas redes sociais durante as provas. Os casos aconteceram em vários Estados. As eliminações do primeiro dia não impediram outros candidatos de usar a internet para publicar fotos da prova. No domingo, outros 28 estudantes foram desclassificados pelo mesmo motivo.
Pelo edital do Enem, o uso de telefones celulares e aparelhos eletrônicos dentro dos locais de prova era proibido. Os aparelhos deveriam ser guardados em sacos plásticos e colocados embaixo da cadeira.
O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, comparou os candidatos que postaram na internet fotos do Enem 2012 a “pichadores eletrônicos”. "É quase como se fossem pichadores eletrônicos. É o mesmo tipo de querer deixar registrado. A impressão que dá é que [os estudantes] não têm nenhum tipo de responsabilidade com a prova, como se fosse uma aparente irreverência. Mas é uma aparente irreverência que prejudica e desestabiliza e gera insegurança processual naquilo que é o destino de milhões de pessoas que estão seriamente estudando", afirmou.
Fonte: Portal Uol/Cidade News Itaú
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