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quarta-feira, novembro 07, 2012

Endividamento das famílias bate recorde em agosto, revela Banco Central


Brasília – Apesar da queda dos juros nos últimos meses, as famílias brasileiras continuam comprometendo cada vez mais parte de sua renda com as dívidas. Segundo dados do Banco Central (BC), o endividamento dos brasileiros voltou a bater recorde.

Em agosto, conforme os números mais recentes, a dívida total das famílias equivalia a 44,46% da renda acumulada nos últimos 12 meses. O percentual é o maior desde 2005, quando o BC começou a fazer o levantamento.

Em julho, os brasileiros comprometiam 44,04% em dívidas.

Esse percentual é calculado ao dividir o saldo remanescente das dívidas pela renda em 12 meses. Apenas nos oito primeiros meses do ano, a fatia da renda que representa o endividamento subiu 1,81 ponto percentual. Em janeiro, os brasileiros deviam, em média, 42,75% da renda.

A parcela da renda familiar com o serviço da dívida também bateu recorde e atingiu 22,36% em agosto, repetindo o recorde registrado em junho. Esse número compara a renda mensal das famílias com o valor das prestações, que embutem as amortizações (pagamento do principal da dívida) e os juros.

Influenciada pela redução dos juros no sistema financeiro desde o início do ano, a fatia da renda usada para o pagamento de juros e encargos encerrou agosto em 7,87% da renda mensal. O percentual é um pouco maior que os 7,82% registrados em julho, mas está abaixo do recorde de 8,13% observado em janeiro.

O grande responsável pelo aumento do serviço da dívida foi o pagamento de amortizações, que representou 14,48% dos ganhos das famílias em agosto. Foi o maior percentual registrado na série histórica.

O Banco Central faz o levantamento desde 2005. O nível de endividamento, no entanto, é maior. Isso porque os números não incluem as operações com cartão de crédito. Os dados sobre o endividamento são apurados no sistema financeiro. Para definir a renda das famílias, o BC baseia-se na massa salarial ampliada disponível, indicador que representa os rendimentos da população, descontados os impostos.

Fonte: Portal Uol/Cidade News Itaú

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