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sexta-feira, novembro 16, 2012

Ataque incendiário contra ônibus marca quarta noite consecutiva da onda de violência em SC


Um ônibus incendiado por volta de 20h40 desta quinta-feira (15) no bairro Saco dos Limões, em Florianópolis, sinaliza mais uma noite de violência em Santa Catarina. Foi assim em cada um dos dias anteriores da atual onda de violência que atinge o Estado, com dois atentados em Ingleses e um em Canasvieiras, no norte da capital.

O roteiro do ataque foi muito parecido com atentados anteriores Neste caso, dois motociclistas atravessaram suas motos na via e pararam um ônibus da empresa Transol na rua Custódio. Ordenaram o desembarque dos passageiros, atearam fogo no veículo e fugiram. O ataque não deixou feridos.

Veículo circulava sem escolta policial
O veículo atacado circulava sem escolta policial. O Sindicato das Empresas de Transporte Urbano da Grande Florianópolis pediu nesta quinta-feira (15) ao governo do Estado escolta para os ônibus que circulam nas regiões mais atingidas pelos ataques.

Após o pedido, o governo declarou que deu prioridade à segurança do transporte coletivo. A PM ocupou os terminais e fez um plano para escoltar os ônibus nas regiões mais atacadas.

Entretanto, não há como cobrir toda malha. Segundo o coronel Nazareno Marcineiro, comandante da PM em Santa Catarina, a corporação não tem pessoal para proteger integralmente o sistema de transporte coletivo da capital e garantir a segurança de todos os veículos de transporte coletivo que circulam em Florianópolis.

Desde a última segunda-feira (12) já ocorreram 40 atentados contra ônibus, carros, prédios policiais e até uma creche abandonada, em 11 cidades do Estado.

Primeira morte foi registrada na tarde desta quinta (15)
A primeira morte relacionada à onda de violência aconteceu na tarde desta quinta-feira (15). Jeferson Belo, suspeito de incendiar um ônibus em Itapema ( 70 km de Florianópolis), foi atingido por seis tiros num confronto com a PM, às 16h. Ele morreu às 17h30 no Hospital Santo Augusto, em Balneário Camboriu.

Segundo a secretaria de Segurança, quase 60 pessoas já foram presas desde o início dos atentados. Trinta permanecem detidas por suspeita de envolvimento. Elas são interrogadas pela força-tarefa criada pelo governo para combater os ataques.

A Polícia Civil também interroga um grupo de cerca de 70 presos da penitenciária de segurança máxima de São Pedro de Alcântara - o objetivo é identificar membros da facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC) que estariam ordenando os ataques de dentro da prisão.

Fonte: Portal Uol/Cidade News Itaú

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