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sábado, novembro 24, 2012

Álbum queimado de Bruninho vira prova contra réus do processo


O promotor Henry Vasconcelos usou uma hora e 45 minutos do tempo de réplica e guardou para o fim uma das provas anexadas ao processo. A cada um dos jurados, ele mostrou o álbum queimado com fotos do bebê Bruninho. Disse que o material foi encontrado na área do sítio do goleiro Bruno em Esmeraldas, onde a moça passou os últimos dias de vida com o filho, segundo o Ministério Público.

Para mostrar que era um álbum de Eliza, o promotor apresentou ao conselho de sentença cópia das fotos armazenadas no laptop dela e o laudo da perícia que atesta rastro de sangue de 40 centímetros na casa de Bruno. O material, explicou, não pôde ser colhido porque os policiais só estiveram no sítio um mês depois da morte de Eliza. Vasconcelos mostrou que o rastro de sangue saía de um quarto do primeiro andar, onde a modelo teria ficado, até a sala.

O promotor respondeu também às críticas e questionamentos feitos pela defesa dos réus, ponto a ponto. Os advogados tentaram desqualificar a investigação policial, ressaltando falta de provas e destacando ao jurados que o rastreamento das ligações não foi protocolado ao inquérito oficialmente porque foi enviado para o e-mail pessoal de um delegado.

Ele, então, mostrou folhas da quebra de sigilo, com marca d'água das empresas responsáveis, e informou que as informações foram repassadas pelas operadoras mediante autorização judicial. A defesa também destacou o fato de o menor J. ter mudado suas versões, alegando que teria sofrido agressões. “Se tivesse tido tortura, a polícia certamente teria chegado aos restos mortais de Eliza”, afirmou o promotor em sua resposta.

O representante do MP ainda leu trechos dos depoimentos, quase encenando. Apelou às mulheres do júri lembrando que Bruno e Macarrão deixaram Dayanne ser presa, sem atendê-la ao telefone. E contou que a mãe das filhas do goleiro disse à polícia que entregou o Bruninho aos amigos Wemerson Coxinha e Elenílson Vitor, a pedido de Macarrão.

Henry também afirmou que Macarrão foi um dos articuladores do sequestro e morte da modelo e pediu pena máxima. “Ele disse: ‘Bruno, tá na hora’. Ele não foi bonzinho de confessar, confessou porque se sentiu rejeitado. Foi uma articulação da defesa e ele confessou a seu modo, para conseguir redução de pena. Barca furada atraca em qualquer porto”. O promotor garantiu também que Fernanda chegou à casa de Bruno, ainda no Rio, sabendo de “tarefa". A absolvição de Macarrão e Fernanda seria injusta”, afirmou aos jurados, com tom forte. (P.S)

Fonte: DN Online/Cidade News Itaú

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