A partida entre os elencos reservas de Quilmes e Unión na última terça-feira foi interrompida no segundo tempo por uma manifestação inusitada da torcida. Nada de faixas de protesto ou ameaças a garotinhas, como no Brasil. Os torcedores argentinos foram muito além e levaram um morto no caixão para a arquibancada, para um cortejo com direito a salva de tiros.
O corpo no caixão era do filho de José Maria Fernandez, líder da torcida organizada Los Alamos, morto no último domingo durante uma perseguição policial depois de ter assaltado um casal.
Segundo o jornal Olé, o velório no estádio teve autorização da diretoria do clube, que tinha combinado a realização da “cerimônia” depois do treino do elenco principal, e antes da partida do time reserva. Houve um atraso, e o novo acordo era fazer o ritual no intervalo. Mas, logo que chegaram, dispararam tiros ao alto e fizeram o juiz parar o jogo.
“Enquanto jogávamos contra o Quilmes, entrou um monte de gente com um caixão, e tiveram que parar a partida. Dispararam alguns tiros e fiquei assustado, porque foi bem atrás do gol onde eu estava”, escreveu no Twitter o goleiro do Unión, Joaquin Papaleo.
Os torcedores ficaram no estádio apenas por alguns minutos e, depois do ritual, deixaram a tribuna e o jogo pôde ser reiniciado. Apesar dos relatos dos jogadores, a assessoria de imprensa do Quilmes negou que tenham sido disparados tiros durante a manifestação da torcida.
Fonte: Uol Esporte/Cidade News Itaú
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