Quase um terço dos 197 políticos fichas-sujas foram os mais votados de suas cidades e poderão ser diplomados em 2013 caso os recursos desses candidatos forem acatados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ou pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Caso os recursos sejam negados ou não julgados neste ano, o segundo mais votado tomará posse em janeiro.
Apesar do voto de confiança dos eleitores aos fichas-sujas, o juiz Márlon Reis, um dos autores da minuta da Lei da Ficha Limpa, disse que os números comprovam a eficácia da lei. "Muitos candidatos desistiram de concorrer porque sabiam que não iam ser liberados", disse.
Em Natal, a Câmara Municipal reelegeu vereadores indiciados pela Operação Impacto: Aquino Neto, Júlio Protásio e Adão Eridan, condenados em primeira instância por corrupção passiva. Todos eles foram condenados a 6 anos e 8 meses de prisão em regime semi-aberto e pagamento de 150 salários mínimos de multa.
Sub judice, esses 197 políticos barrados receberam 1,1 milhão de votos, de acordo com levantamento da Folha de São Paulo. No caso dos 59 que ainda podem tomar posse, foram 779,7 mil votos, todos registrados como "nulos".
Até a antevéspera da eleição, segundo dados dos TREs tabulados pela reportagem da Folha, a Justiça Eleitoral havia indeferido os registros de 476 candidaturas a prefeito.
Em 155 casos, os candidatos renunciaram após serem barrados. Outros 58 foram barrados e não recorreram. Os 64 restantes tiveram os registros liberados, sendo que 31 deles foram eleitos.
São considerados fichas-sujas, por exemplo, políticos cassados ou que renunciaram para evitar a cassação, aqueles condenados em processos criminais por decisão colegiada e os que tiveram contas de gestões públicas rejeitadas.
Fonte: DN Online/Cidade News Itaú
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