O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou nesta terça-feira (30) como zona de catástrofe as áreas de Nova York e Nova Jersey atingidas pelos fortes ventos e a ressaca do ciclone Sandy.
A declaração, divulgada pela Casa Branca, coloca à disposição dos governos e comunidades locais os fundos, equipes e funcionários do governo federal necessários para enfrentar as consequências do desastre e socorrer os afetados pela tempestade, que matou 15 pessoas nos EUA.
Em Maryland, uma mulher bateu com o carro em uma árvore e faleceu. E, na Virgínia Ocidental, outra mulher colidiu com um caminhão em meio a uma tempestade, informou a polícia. A tempestade Sandy matou pelo menos 67 pessoas em sua passagem pelo Caribe, 51 delas no Haiti. Uma mulher morreu no Canadá por causa da tempestade.
A tempestade deixou milhares de pessoas sem eletricidade de Maine até Carolina do Norte, forçou a suspensão de 13 mil voos de companhias aéreas comerciais em mais de uma dúzia de aeroportos da Costa Leste do país e suspendeu as atividades dos governos na região.
O Serviço de Previsões Hidrometeorológicas indicou nesta terça-feira que o centro do ciclone tropical se movimenta pelo sul da Pensilvânia e poderia se dirigir na quarta-feira (31) para o Canadá.
A chegada em terra firme de "Sandy", com ventos sustentados de 125 km/h, causou ressacas de até quatro metros em áreas de Nova Jersey e Nova York.
Nova York e sua área metropolitana (19 milhões de habitantes) amanheceram hoje sem transporte público, com grandes interrupções no abastecimento de energia e com todos os aeroportos e quase todas as pontes e túneis da cidade fechados.
Apesar da diminuição do nível das águas (cerca de dois metros), que melhorou um pouco a situação, rajadas de vento de até 100 km/h persistem e lembram que Sandy ainda está presente
As escolas, universidades, museus, grandes empresas, a sede das Nações Unidas e a Bolsa de Nova York seguirão fechadas hoje, o que contribuirá para melhorar o tráfego.
Além disso, Sandy paralisou quase totalmente a campanha eleitoral do presidente Barack Obama, que busca a reeleição, e do republicano Mitt Romney.
Devastador
O presidente da Autoridade Metropolitana de Transporte, Joseph Lhota, afirmou nesta terça que o transporte público de Nova York "nunca enfrentou um desastre tão devastador" em seus 108 anos de existência.
A tempestade causou graves danos à infraestrutura do metrô, dos trens, dos ônibus e dos túneis da região. A água das inundações entrou em sete túneis do metrô nova-iorquino.
Por causa da falta de energia, cerca de 200 pacientes do Langone Medical Hospital, da Universidade de Nova York, tiveram de ser removidos às pressas na madrugada desta terça.
Além disso, um guindaste ameaça cair de um arranha-céu em construção na ilha de Manhattan. O projeto promete ser um dos prédios residenciais mais altos de Nova York.
Fonte: Portal Uol/Cidade News Itaú
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