Manoel Onofre Neto assegura que há fortes indícios da participação da prefeita, o marido e dois secretários em irregularidades |
O Procurador Geral de Justiça do Rio Grande do Norte, o promotor Manoel Onofre Neto, revelou o nome de outras três pessoas sobre as quais há indícios de participação nas irregularidades apontadas na Operação Assepsia, juntamente com a prefeita de Natal, Micarla de Sousa.
Tratam-se do marido da chefe do executivo, o radialista Miguel Weber, o titular da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (Semurb), Bosco Afonso, e o titular da Secretaria Municipal da Juventude, Esporte, Lazer e Copa do Mundo da FIFA (Secopa), Jean Valério.
(Da esq para direita) Marido de Micarla, Miguel Weber; secretário Jean Valério e secretário Bosco Afonso |
Sem revelar quais indícios são esses, o procurador afirma que eles motivaram o pedido de afastamento da administração pública tanto da prefeita como dos dois secretários, feito na última quinta-feira ao desembargador Amaury Moura.
Segundo Manoel Onofre Neto, esses indícios são frutos de diligências feitas recentemente, cujos resultados foram entregues na semana passada ao seu gabinete. Tais procedimentos são oriundos das investigações derivadas da Operação Assepsia, que investiga fraudes nos contratos de organizações sociais para prestação de serviços à saúde do município de Natal. "Esses indícios apontam o envolvimento direto dessas pessoas na contratação irregular das organizações sociais", assegura o procurador.
O procurador ressalta não pode dar maiores detalhes sobre a investigação pelo fato de ela estar sob o sigilo de Justiça.
A prefeita Micarla de Sousa deparou-se com o primeiro escândalo de sua gestão, chamado Operação Assepsia, que estourou no âmbito da Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Suspeitos de previamente escolher - sem licitação, empresas que firmaram contratos milionários de gestão na saúde pública.
Na operação deflagrada no dia 27 de junho, o Ministério Público Estadual acusa nove pessoas de montar um esquema para firmar contrato com supostas Organizações Sociais para gerir programas ou unidades de saúde, como o "Natal contra a Dengue" e as administrações da UPA Pajuçara e os Ambulatórios Médicos Especializados AME's. Tudo feito, obviamente, com prejuízo aos cofres públicos em favor de interesses (e bolsos) privados.
Fonte: DN Online/Cidade News Itaú
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