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terça-feira, outubro 30, 2012

Mapa flexibiliza calendário de vacinação contra febre aftosa


O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) flexibilizou o calendário de vacinação de bovinos e bubalinos contra febre aftosa nos estados com municípios em situação de emergência no Nordeste, devido à seca. Para isso, encaminhou nota técnica aos estados orientando os Serviços Veterinários Oficiais (SVOs) quanto ao procedimento nesses municípios.

O segundo ciclo de vacinação de bovinos e bubalinos contra febre aftosa começa nesta quinta-feira, 1º de setembro. De forma excepcional, o Mapa prevê, para municípios em situação de emergência decretada, a prorrogação da vacinação por até 30 dias, de acordo com a necessidade, ou a suspensão temporária da aplicação da vacina, ficando os SVOs obrigados a enviarem nova análise da situação para apreciação do Departamento de Saúde Animal (DSA) até 15 de janeiro de 2013.

O Mapa ainda determina que as áreas em situação de emergência devem ser devidamente delimitadas. Também, estabelece que seja proibida a movimentação de bovinos e búfalos sem a devida vacinação prévia, quando provenientes desses municípios e destinados a quaisquer aglomerações de animais, municípios com vacinação regular e outras unidades da Federação. Os SVOs dos estados são responsáveis por regulamentar e divulgar os procedimentos estabelecidos no âmbito estadual.

A medida foi tomada pelo Ministério da Agricultura considerando as condições epidemiológicas, informações sobre a seca, seus efeitos sobre os rebanhos, riscos de comprometimento dos índices vacinais e proteção dos rebanhos nesta segunda etapa da vacinação na região. Os efeitos da seca têm impacto direto na condição financeira dos produtores, bem como na nutrição e manejo dos animais, com fortes possibilidades de impactar também na cobertura vacinal.

A previsão do Mapa era de vacinar cerca de 150,5 milhões de bovinos e bubalinos ao longo desta fase no Brasil. A flexibilização do calendário de vacinação para os municípios em estado de emergência não gera risco para ocorrência da doença, consideradas às condições epidemiológicas atuais. O País está há seis anos sem registro de caso de febre aftosa e a maior parte de seu território é reconhecida como zona livre de febre aftosa, inclusive com boas perspectivas de avanços nessas zonas livres, envolvendo a região Nordeste e parte do Estado do Pará, em 2013.

Estiagem

A falta de chuva é comum na região nesta época do ano. Entretanto, a seca neste ano tem sido mais grave no Nordeste brasileiro e a há previsão de chuva abaixo do normal para os próximos três meses, o que tende a agravar a situação.

Procurando se antecipar à situação e buscar alternativas ao problema, o DSA solicitou aos SVOs do Nordeste informações complementares recentes sobre os efeitos dessa estiagem na pecuária da região, eventuais ações já implementadas ou planejadas para realização da próxima etapa de vacinação e propostas de estratégias para a condução da próxima etapa de vacinação, sendo tudo devidamente considerado em sua decisão.

Fonte: Cidade News Itaú com informações da Assessoria de Comunicação Social

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