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quarta-feira, outubro 17, 2012

Jurídico do Vasco conversa com Juninho e adota silêncio até julgamento de sexta


Juninho entra em campo contra o Botafogo na quinta e aguarda julgamento no STJD
Estratégia estudada e defesa pronta para o julgamento da próxima sexta-feira no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva). Na tarde desta quarta-feira, o departamento jurídico do Vasco conversou com o meia Juninho sobre a infração de dois artigos do Código Mundial de Dopagem no jogo contra a Ponte Preta, dia 23 de setembro, em Campinas, e que pode acarretar em uma suspensão de dois anos. O camisa 8 explicou o ocorrido e os advogados mostraram-se tranquilos. No entanto, o silêncio será usado até o tribunal para que não comprometa a atuação em favor do capitão frente aos juízes.

Fernando Lamar, diretor jurídico do futebol cruzmaltino, foi o responsável pela conversa com o jogador antes do treino no Vasco-Recreio, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Juninho recordou o episódio e transpareceu um pouco de ansiedade com o processo que terá de enfrentar daqui a dois dias. O departamento jurídico também vai esperar o julgamento do lateral Juan, do Santos, na próxima quinta-feira, para acrescentar elementos na defesa caso seja necessário. O atleta do time paulista será julgado pelo mesmo motivo.

O Pernambucano não foi a campo nesta quarta-feira em razão de uma conjuntivite, mas está confirmado no clássico contra o Botafogo, quinta-feira, às 21h, no Engenhão, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro. No clube, o objetivo da diretoria e comissão técnica é passar tranquilidade ao veterano durante o momento delicado.

Na partida contra a Ponte Preta, Juninho foi sorteado para fazer o antidoping e informado de que deveria se dirigir direto à sala de coleta, fato que não ocorreu. De acordo com a Coordenação Local de Controle de Dopagem, o atleta foi para o vestiário primeiro. Com isso, será julgado no STJD nos seguintes artigos do Código Mundial de Dopagem: 2.3 (recusar-se ou não apresentar uma justificativa válida a submeter-se a coleta de amostra após notificado de acordo com as regras antidoping) e 2.5 (adulteração ou tentativa de alteração de qualquer componente de controle).

Além da possibilidade de ser suspenso por dois anos, o camisa 8 também responderá ao artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva por “assumir qualquer conduta contrária à ética desportiva”, que prevê suspensão de até seis partidas. De acordo com Albino Pinto, médico que acompanhou a delegação na ocasião, a pressa de voltar ao Rio de Janeiro causou a confusão.

“Ele desceu e foi ao vestiário. Muitos jogadores fazem isso. Estávamos com pressa, pois a viagem de retorno ao Rio de Janeiro era logo em seguida. Esse foi o único motivo. Em alguns jogos fora de casa a coisa é complicada, trancam o vestiário do visitante cedo, as pessoas esquecem materiais, celulares... Ele foi pegar a bolsa dele de viagem e voltou. O médico que estava lá chamou a atenção, mas o Juninho logo se desculpou com ele. Tinham três médicos no estádio e acabaram indiciando-o. O Juninho fez o exame direitinho. Acho certo exagero. É um atleta que nunca teve qualquer problema na carreira. Acreditamos que no máximo será advertido por toda a sua história”, explicou ao UOL Esporte.

Fonte: Uol Esporte/Cidade News Itaú

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