O segundo lugar conquistado no Grande Prêmio do Japão, no último fim de semana, deu fôlego extra a Felipe Massa na busca por renovar seu contrato com a Ferrari. Em sua pior temporada desde que o espanhol Fernando Alonso foi contratado como seu companheiro de equipe, o brasileiro foi elogiado pela melhora de rendimento na segunda metade do campeonato e ganhou confiança nas conversas por um novo vínculo com a escuderia.
“O segundo lugar de Felipe foi muito importante nesta parte final da temporada, quando a sua contribuição é ainda mais vital”, comentou o presidente da Ferrari, Luca di Montezemolo.
Após 15 GPs, os números mostram que Massa vive sua pior temporada como ‘escudeiro’ de Alonso na Ferrari. O brasileiro pontuou em 12 provas nos campeonatos de 2010 e 2011, enquanto em 2012 foram apenas nove – sendo dois nonos lugares e um 10º.
O desempenho ruim deve-se a um início desastroso de temporada. Nas quatro primeiras provas, Massa pontuou em apenas uma ao ficar em nono no Bahrein. Mesmo sem quebras no equipamento, o brasileiro ainda ficaria fora da zona de pontuação em três das sete corridas seguintes. Os maus resultados contrastaram com o rendimento de seu companheiro de equipe, com Alonso brigando pela liderança do campeonato.
A situação de Massa começou a mudar nas últimas quatro provas. Na Bélgica, largou em 14º e teve boa recuperação, chegando em quinto. Na Itália, ficou em quarto lugar e só não subiu no pódio por ceder posição para Alonso a pedido da escuderia. O brasileiro ainda chegaria em oitavo em Cingapura e confirmaria sua reação no Japão, onde saiu do 11º lugar do grid para terminar em segundo.
“Felipe fez uma corrida perfeita, pilotou bem, mas carros mais rápidos cometeram erros atrás de erros e isso o ajudou”, comentou Alonso, culpando o desempenho do carro pelos recentes resultados da escuderia.
A recuperação no campeonato amenizou as críticas da imprensa e as cobranças da equipe, deixando a renovação de Massa encaminhada. Também pesa a favor do brasileiro a falta de concorrentes de peso no mercado, após o acerto de Lewis Hamilton com a Mercedes, a ida de Sergio Perez para a McLaren e a aposentadoria de Michael Schumacher. Tido como preferido da Ferrari, Vettel ainda tem contrato com a Red Bull e não vai para a escuderia italiana.
“Gosto muito de Felipe como pessoa e o respeito bastante como piloto. Muita gente esquece o que ele já conquistou e esquece que ele perdeu um título por um ponto para o Lewis [Hamiton]”, defendeu Sebastian Vettel, da Red Bull. “No passado, o Felipe já competiu com pilotos muito bons, como Michael [Schumacher], Kimi [Raikkonen], e sempre foi veloz, por isso não entendo. Mas não sou um piloto da Ferrari e não sei como são as coisas lá”.
Fonte: Uol Esporte/Cidade News Itaú
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