O advogado do jogador Bruno Souza disse nesta sexta-feira (26) que o goleiro, réu em processo sobre o sumiço de Eliza Samudio, sua ex-amante desaparecida desde 2010, está “doido para ser julgado”.
O atleta e mais quatro réus irão a júri popular, que se inicia no dia 19 de novembro, no Fórum Doutor Pedro Aleixo, situado em Contagem, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte (MG).
“Ele está ansioso. Ele está doido para ser julgado para (poder) ir para a rua”, afirmou Rui Pimenta, defensor do atleta, que está preso na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, há mais de dois anos.
O advogado disse ter ouvido de Bruno que a crença na sua absolvição reside no fato de, no momento em que os jurados forem confrontados com o argumento de o corpo da ex-modelo não ter sido localizado pela polícia mineira, as acusações contra ele vão perder força. Essa tese será uma dos principais a serem utilizadas pela defesa, confirmou Pimenta.
“A polícia chamou técnicos para verificar se tinha uma gota de sangue (de Eliza Samudio), uma casquinha de unha, um esmalte que seja, mas não encontraram nada. Não existe tecnicamente prova de que tenha havido uma morte nas condições nas quais ela foi descrita”, disse o advogado aludindo às buscas empreendidas pela Polícia Civil mineira, em locais situados em cidades mineiras e em Belo Horizonte , durante a fase de investigação sobre o sumiço da moça.
Outro ponto a ser defendido por Pimenta será o do desconhecimento do goleiro sobre um suposto plano para matar Eliza Samudio.
“Os argumentos não vão deixar margem para outras interpretações. Ele nunca quis nem desejou o desaparecimento ou a suposta morte de Eliza Samudio. Se algo aconteceu com ela, aconteceu sem o conhecimento dele”, afirmou Pimenta.
Ele ainda considerou que a juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do 1º Tribunal do Júri de Contagem (MG), “inovou” ao pronunciar Bruno e mais sete réus ao júri popular.
“Não há que se falar em morte, é desaparecimento. Esse júri popular é uma inovação porque é a primeira vez que eu vejo um júri (popular) por desaparecimento. A juíza inovou”, explicou o defensor do goleiro.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJ-MG), a magistrada desmembrou o processo, sendo que Wemerson Marques de Souza e Elenílson Vítor da Silva serão julgados posteriormente em data ainda não divulgada.
Fonte: Portal Uol/Cidade News Itaú
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