O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, disse nesta quinta-feira que o futuro do mundo depende do fim do programa nuclear iraniano, que evitaria que a República Islâmica tivesse uma bomba atômica.
"Nada ameaça mais a paz mundial que um Irã com uma arma nuclear", afirmou.
Em discurso na Assembleia-Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Netanyahu disse que Teerã alcançou 70% do processo para produzir armamento nuclear.
Segundo o premiê, o Irã chegaria a uma bomba atômica no ponto de 90% do avanço do programa nuclear, o que aconteceria em meados de 2013.
Para que isso seja evitado, ele defende que o mundo estabeleça "uma linha vermelha clara" para que o país termine com seu programa nuclear e considera que está ficando muito tarde para parar os iranianos.
"Agora que já é tarde, a única forma pacífica de prevenir que o Irã tenha uma bomba atômica é colocando uma linha vermelha clara no programa nuclear iraniano. Acredito que, se o Irã recebesse um limite, voltaria atrás e haveria mais tempo para sanções e diplomacia".
Dois dias atrás, o presidente dos EUA, Barack Obama, criticou Teerã em seu discurso à ONU, mas não deu nenhum ultimato. O tom irritou a delegação israelense.
Obama defendeu uma resolução diplomática, mas disse que "o tempo não é ilimitado".
"Não se enganem: um Irã com armas nucleares não é um desafio que pode ser contido." "Ele ameaçaria a existência de Israel, a segurança das nações do Golfo e a estabilidade da economia global. Isso pode iniciar uma corrida às armas na região, e o fim do tratado de não proliferação nuclear. E é por isso que os EUA farão o que for preciso para evitar que o Irã obtenha uma bomba nuclear."
PALESTINOS
Além do programa nuclear, o premiê israelense acusou o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas, de mentir sobre o Estado hebraico em seu discurso na Assembleia-Geral. O palestino falou ao plenário minutos antes que Netanyahu.
"Não resolveremos nosso conflito com declarações unilaterais de criação de um Estado".
Abbas defendeu a criação de um Estado palestino e acusou Israel de praticar "limpeza étnica" na ocupação dos territórios divididos entre os palestinos e israelenses na Cisjordânia.
"Trata-se de uma campanha de limpeza étnica contra o povo palestino, por meio da demolição de suas casas", disse, em referência à instalação das colônias judaicas.
Segundo Abbas, Israel continua a expandir a ocupação de Jerusalém Oriental e da Cisjordânia, "recusando-se a discutir seriamente o problema dos refugiados palestinos".
Fonte: Folha de São Paulo/Cidade News Itaú
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