A estiagem que abateu o Nordeste fez o consumo de energia disparar no primeiro semestre deste ano na região Oeste do Rio Grande do Norte – aumento de 19,1% em relação ao mesmo período do ano passado.
O número é mais que o dobro do que cresceu o Estado, cujo consumo aumentou 7,2%, já considerada uma elevação alta, e quase cinco vezes mais do que registrou o Brasil – 4,19%. No NE, o aumento foi de 6,3%.
São maiores ainda que o consumo do agreste potiguar (10,6%) e da região central potiguar (7,7%).
Os dados são da Companhia Enérgica do RN (COSERN). Em nota ao JORNAL DE FATO, a empresa explicou: “O acréscimo foi impactado principalmente pela ocorrência de poucas chuvas e pelas altas temperaturas verificadas no período, que aumentaram a necessidade do uso de energia elétrica para irrigação da lavoura e da utilização de aparelhos de ar-condicionado nas residências”.
E dentre as cidades do Oeste, duas se destacaram: Mossoró, que registrou consumo 10,8% maior, e Baraúna, com o espantoso crescimento de 212% – motivado, ainda segundo a Cosern, pela instalação da nova fábrica de cimento Mizu.
PREÇO
Na semana passada, o jornal Valor Econômico publicou matéria que dava como certo o aumento do preço de energia em 2013, e o motivo seria justamente a estiagem, que teria deixado o país com os reservatórios das hidrelétricas mais baixos – principalmente no Nordeste, com acúmulo de energia superior aos 60%, de acordo com Operador Nacional de Sistema Elétrico (ONS).
O resultado teria sido a alteração no valor da energia no mercado livre, com a consequente influência no preço nas contas de luz dos consumidores cativos – residenciais, industriais e do comércio.
A Cosern, contudo, nega a influência da estiagem no preço. “A compra de energia é feita em leilões e com antecedência de cinco anos. Ou seja, a energia elétrica consumida em 2012 foi comprada em leilões realizados em 2007”.
Motivo pelo qual afirma: “O período de seca por que passa o RN impacta apenas na variação de consumo”. A tarifa residencial no Estado é de R$ 0,49 por kWh.
Fonte: Defato/Cidade News Itaú
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