sexta-feira, setembro 14, 2012

Embarcação Jerfesson II é destaque Nacional: "Sem deixar vestígios, barco com seis pescadores que desapareceu há um mês intriga Marinha"


Carlos Madeiro
Barco desapareceu a 200 km da costa brasileira, entre o Rio Grande do Norte e Fernando de Noronha
Barco desapareceu a 200 km da costa brasileira, entre o Rio Grande do Norte e Fernando de Noronha


O Portal UOL destaca em sua página virtual desta sexta-feira (14) O desaparecimento há um mês de uma embarcação pesqueira com seis tripulantes a bordo está intrigando e desafia a Marinha no Rio Grande do Norte. No dia 12 de agosto, o barco “Jeferson” foi visto pela última vez pela embarcação “Emanuelle”, que o acompanhava numa pescaria que deveria durar dez dias.

Logo no primeiro dia da viagem, o Jeferson perdeu contato com o Emanuelle, que buscou por um dia e, sem encontrar os colegas, voltou ao continente e comunicou o fato à colônia de pescadores.

A Marinha iniciou então uma grande operação, que contou, nesse período, com três embarcações: dois navios-fragata e um rebocador. Além disso, a FAB (Força Aérea Brasileira) também foi acionada para sobrevoar a região onde o navio foi visto pela última vez.

Dez dias depois de sair para o mar, a volta esperada pelos familiares não ocorreu, o que tornou a angústia em desespero. Passado um mês do desaparecimento, a Marinha encerrou a procura no mar sem encontrar um único vestígio, seja de objetos da embarcação, seja de náufragos no oceano.

“Durante 15 dias buscamos por mais de 100 mil km². Estamos falando de uma área no mar duas vezes maior que o Estado do Rio Grande do Norte, que tem 52 mil km². Foram levados em consideração força do vento, maré e mudanças correntes, mas, mesmo assim, nada foi encontrado”, afirmou o capitão-de-fragata Cléber Ribeiro da Silva, assessor de comunicação do Comando do 3º Distrito Naval.

Segundo o capitão, casos assim são extremamente raros, já que no período de um mês é natural que vestígios sejam encontrados em alguma localidade. “Você pode perguntar: ‘O que aconteceu com eles?’ Te digo: ‘Pode ter acontecido tudo ou mesmo não ter ocorrido nada’”, disse o capitão, citando que, nesses casos, material usado pelos pescadores já deveriam ter sido localizados.

“Nesse caso, não existem destroços, como uma boia, uma tampa de isopor que eles levam para guardar os peixes, um colete. Nada disso boiou. Por quê? Eles eram seis, é estranho também que nenhum deles tenha tempo de ter dado um aviso, feito sinal, qualquer tipo de alerta.”

Operação aérea e alerta
Além das buscas pelo mar, a Marinha solicitou, e um avião da FAB fez seis horas e meia de voos pela região em busca de vestígios, mas também não encontrou nada. “O Centro de Hidrografia emitiu avisos radionáuticos a todas as embarcações, avisando local e características do barco desaparecido, mas nunca recebemos nenhuma informação, a não ser boatos que surgiram que eles foram encontrados em Fernando de Noronha ou na África”, diz.

Com as buscas encerradas, a Marinha mantém de prontidão uma embarcação de socorro distrital, mas só voltarão ao mar caso algum indício aponte para o achado dos pescadores ou da embarcação. “As equipes estão prontas, 24 horas por dia, para a qualquer momento sair. Os avisos radionáuticos continuam também. Estamos no aguardo”, disse Silva.

Apesar de passados mais de 30 dias do desaparecimento, a Marinha ainda não cogita a hipótese de os pescadores estarem mortos. “Temos 100% de esperança de estarem vivos. Nós somos doutrinados a sempre acreditar que vamos vencer. Até que se prove o contrário, teremos sempre a esperança de devolvê-los ao seio familiar. Essa é a nossa missão.”

Fonte: Portal Uol/Cidade News Itaú

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