A cubana Marta Beatriz Roque e outros 29 dissidentes suspenderam nesta terça-feira (18) a greve de fome de oito dias, após a ordem de soltura do opositor Jorge Vázquez Chaviano, informaram ativistas.
"Suspendemos a greve de fome porque a mulher de Jorge Vázquez Chaviano informou (da cidade de Santa Clara) que chegou a ordem do Supremo Tribunal para colocá-lo em liberdade", disse a ativista Rosa Naranjo na casa de Roque em Havana.
Economista de 67 anos, Roque deixou de comer para pedir a libertação do opositor Jorge Vázquez Chaviano, que devia sair da prisão em 9 de setembro, após cumprir uma pena por exercer uma "atividade econômica ilegal", segundo sua família.
A "dama de ferro" da dissidência cubana começou seu jejum seguida por outros 13 opositores em diversas localidades da ilha, mas logo foram se somando mais e se tornaram 29, incluindo Roque e o preso Vázquez.
Um deles, o ex-preso político Jorge Luis García, aliás "Antúnez", chegou a perder a consciência e foi levado ao hospital, mas voltou a si no local e se negou a ser atendido por algum médico.
Roque, que é diabética, sofreu várias crises de hipoglicemia e ficou bastante debilitada.
A greve de fome se tornou a arma principal dos dissidentes cubanos para reivindicar seus direitos perante o governo, mas a prática custou a vida de dois opositores presos: Orlando Zapata (fevereiro de 2010) e Wilman Villar (janeiro de 2012).
O governo cubano qualifica os opositores de "mercenários" a serviço dos Estados Unidos, e nenhum meio de comunicação da ilha, todos sob controle estatal, reportou algum jejum de protesto.
Fonte: G1/Cidade News Itaú
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