Assim como em outras regiões do Brasil, os mossoroenses irão registrar, a partir de fevereiro de 2013, uma redução de 16,2% na conta de energia elétrica para consumidores residenciais. A tarifa será maior para os consumidores industriais, chegando a 28%, isso porque neste setor os custos de distribuição são menores, já que opera na alta tensão. Entre algumas vantagens trazidas pela medida, estão o maior nível de consumo por parte das famílias, diminuição da inadimplência dos consumidores e o incentivo ao aumento das atividades industriais.
Segundo o economista Thiago Costa Carvalho, as indústrias sentirão de forma mais rápida os efeitos da política de redução das tarifas de energia.
"Considerando o aumento do número de indústrias na região de Mossoró nos últimos anos, os efeitos dessa política poderão ser sentidos de maneira mais precisa. A redução da tarifa elétrica, um custo importante no processo de produção, poderá incentivar o aumento da atividade industrial, significando dessa forma aumento na produção, nos investimento. Outro ponto importante é a possibilidade de aumento no nível de emprego no setor produtivo. Com menores custos, as empresas poderão contratar mais funcionários ou pelo menos não poderão justificar a redução de postos de trabalho para diminuírem seus de custos", explicou Thiago.
O economista ressaltou que a medida pode parecer inexpressiva para as famílias mossoroenses em um primeiro momento, porém o que irá se perceber é que a redução das tarifas implica em economia na hora de pagar.
"Os consumidores de baixa tensão, no caso, as famílias, terão uma redução em torno de 16,2% em suas contas de energia, isso significa uma menor despesa com o serviço. Analisando pelo curto prazo, nas despesas mensais de uma casa, essa redução a princípio pode não ser tão significativa, de forma mais extensa, pode ter um impacto considerável no orçamento familiar, permitindo um maior nível de consumo".
O aposentado Erismar da Costa disse que está descrente em relação à queda dos preços das tarifas. "Não acredito muito no anúncio que o governo fez. Na teoria, tudo funciona, quero ver na prática. Pode ser que funcione para as empresas, mas para o consumidor comum, acho muito difícil ela vigorar. Assemelho muito essa situação com as divulgações que fazem sobre o preço da gasolina, que vão reduzir os valores, mas até agora ninguém viu nada a respeito", conta Erismar.
O Departamento de Comunicação Corporativa e Sustentabilidade da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) informou que a redução no valor da conta de energia poderá contribuir para a redução da inadimplência dos consumidores e, também, beneficiar ainda mais as famílias de baixa renda cadastradas na Tarifa Social, contribuindo também para a redução de perdas de receita das distribuidoras pelo desestímulo às ligações elétricas clandestinas.
Agronegócio também deverá ser beneficiado com a medida
Com o objetivo de estimular as indústrias que se encontram em desaceleração, o governo resolveu realizar diversas desonerações na folha de pagamento das empresas, com isso buscando reduzir os custos de produção e impedir que haja aumentos de preços que possam pressionar a inflação.
No Brasil, mais de 10 setores devem sair favorecidos com a redução da taxa de energia, entre eles estão o de medicamentos, alimentos e papel e celulose.
Em Mossoró, um dos grandes beneficiados pela medida será o ramo da agricultura, pois o custo será menor tanto para aqueles que investem na agroindústria, fazendo irrigação quanto para as pessoas que investem apenas na agricultura familiar.
O economista Thiago Carvalho destacou que a energia elétrica é um custo importante para esse setor, desta forma os efeitos serão sentidos de maneira positiva através da redução do custo total de produção, podendo levar a transformação dessa redução em aumento de produção, novos investimentos e empregos.
O presidente da Federação da Agropecuária no Rio Grande do Norte (Faern), José Vieira, informou que aqueles que investem em irrigação e exportam parte de sua produção serão os mais beneficiados, pois, segundo ele, ao desonerar o custo da energia, o governo dá mais competitividade aos produtores rurais, com ênfase aos que lidam diretamente com o ramo de exportação.
Para o presidente da Federação das Indústrias do RN (Fiern), ainda é cedo para falar sobre os efeitos gerados pela redução das tarifas de energia. Ele destaca que no momento a única coisa que pode precisada diz respeito aos custos dos produtos, que ficarão mais baratos na hora de chegar ao consumidor final.
Fonte: O Mossoroense/Cidade News Itaú
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