Não existe data para que o abastecimento de milho nos armazéns da Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), no Rio Grande do Norte, seja regularizado. A informação é da própria assessoria de comunicação da Conab em Brasília. Questionado sobre uma solução para os produtores que têm enfrentado dificuldade para alimentar seu gado, com a falta de milho nos armazéns da Conab, o superintendente do órgão no estado, João Lúcio, disse que todas as informações sobre a Conab só poderiam ser oferecias pela assessoria.
O JORNAL DE FATO entrou em contato com a assessoria e recebeu a informação de que não existe previsão para regularização do abastecimento. “Estamos enfrentando dificuldade em encontrar fretes para o RN, mas na semana passada foi realizado um leilão de frete e o estado vai receber quatro mil toneladas, só não sabemos quando esse milho chegará ao seu destino”, Milena Ciore, da assessoria da Conab.
Nos últimos dias, produtores estiveram reunidos em frente à superintendência da Conab em Natal, para receber informações sobre o abastecimento de milho no estado, mas não receberam nenhuma informação.
Os produtores reclamam que os armazéns de Caicó, Mossoró e Assú estão praticamente vazios, a exemplo do que ocorre também em Natal, Umarizal, João Câmara.
A situação coloca em dificuldade a manutenção do rebanho bovino do Rio Grande do Norte que, a persistir essa situação, pode ser reduzido pela metade até o começo do ano que vem, com graves impactos sobre a produção local.
Na semana passada, o presidente do Sindicato dos Produtores de Leite, Marcelo Passos, voltou a criticar a omissão governamental em relação à falta de milho nos armazéns da Conab. “Parece que não estão entendo muito bem as implicações que a falta de insumo trará para um rebanho que já não tem mais há muito tempo volumoso para alimentar os animais que começam a definhar”, comentou.
Novo leilão de frete será realizado no dia 14
A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) fará novo leilão para contratação de frete e remoção do milho do Centro-Oeste para diversos estados no próximo dia 14. A medida foi tomada, tendo em vista a pouca procura de interessados pela oferta feita na última quinta-feira (6).
Apesar da elevação de 15% em média dos preços, apenas quatro dos 37 lotes oferecidos no último leilão foram comercializados, com 0% de deságio: lote 1, de 4.900 toneladas para Palmeiras dos Índios/AL); lote 2, com 1.324 t para Itaberaba/BA; lote 20, com 1.500 t para Herval d'Oeste/SC; e lote 35, com 4.000 t para Mossoró/RN.
O leilão de hoje tinha por objetivo contratar transporte para a remoção de 116.818 toneladas de milho do Mato Grosso e de Goiás para os estados do Nordeste (AL, BA, PB, PE, PI, RN), do Sul (RS e SC) e do Sudeste (MG e ES). O leilão do dia 14 oferecerá os mesmos lotes, com previsão de novo levantamento de preços.
A Conab reitera que as dificuldades no transporte do milho decorrem de fatores alheios à vontade da empresa e assegura que todos os esforços estão sendo realizados em busca de soluções rápidas e efetivas, em articulação com os ministérios da Agricultura Pecuária e Abastecimento, dos Transportes, da Fazenda e da Defesa e com os governos estaduais.
Fonte: Defato/Cidade News Itaú
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