Vida de Poliano ainda está em perigo e ele continua isolado

Marcos Garcia

Poliano Cantarele está preso há quase um mês e ainda

O caseiro Poliano Cantarelle Fernandes da Silva, que tem 35 anos e está preso sob acusação de ter matado a estudante Cinthia Lívia Araújo, que tinha 12 anos, em Tibau, vai continuar em uma cela isolada da Cadeia Pública Juiz Manoel Onofre de Sousa, na zona rural de Mossoró. A previsão inicial era de que ele seria transferido para uma outra unidade prisional do Estado ou seria integrado aos demais internos em 30 dias. Na próxima segunda, 21, completará um mês de prisão. 

Logo após a sua prisão, horas depois do corpo da menina ter sido localizado, Poliano foi levado à cadeia e mantido em uma cela isolada. A revolta entre os presos era muito grande e a direção da unidade temia pela integridade do preso. Para não colocá-lo junto dos demais, a cela que é usada como “castigo” para presos que infringem as normas internas foi usada como “cela especial”. 

Prestes a completar um mês da chegada de Poliano, o diretor da unidade, major Humberto Pimenta, acredita que o risco de morte do preso ainda é preocupante e por isso decidiu mantê-lo isolado dos demais. 

“Conversamos com o advogado dele e chegamos à conclusão de que o melhor para ele, nesse momento, é continuar aqui (na cadeia), em uma cela separada dos outros”, explica o major Humberto, alertando que até mesmo a transferência para outra prisão poderia representar riscos ao homicida. 

“Mesmo que ele vá para outra prisão, vai continuar sendo ameaçado do mesmo jeito. Os presos não perdoam (o crime que ele cometeu). Vamos mantê-lo aqui isolado até quando for possível”, destaca o diretor. 

PERÍCIA ATRASADA 

A Polícia Civil continua esperando pelo resultado dos exames solicitados ao Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) para concluir efetivamente à investigação. O inquérito foi remetido à Justiça, mas ainda faltam alguns exames. 

Segundo o delegado Renato Batista, responsável pelo caso, a principal dúvida é saber se Poliano executou o ato sexual contra Cinthia Lívia e comprovar outro crime, que é pelas fotografias envolvendo crianças e adolescentes em situação pornográfica. Parte das imagens foi feita pelo próprio acusado, que teria fixação sexual por crianças e adolescentes.

Fonte: Defato/Cidade News Itaú