O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), campus Mossoró, está em greve há dois meses. Na próxima terça-feira, professores e técnicos-administrativos irão se reunir em assembleia deliberativa para decidirem os rumos da paralisação. Segundo o coordenador do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), Fábio Procópio, a tendência, no momento, é que as classes aceitem a proposta do Governo e retornem às aulas.
"O Governo fez algumas propostas que vão de encontro aos interesses dos professores e técnicos, tais como o aumento de 10% do Produto Interno Bruto (PIB), que o ministro da Educação diz que é muito, e a reestruturação do plano de carreira, que ainda não é o ideal para o docente, mas que foi bem aceita pelos técnicos", explicou Fábio Procópio.
O coordenador ainda destacou que mesmo aceitando a proposta do governo em relação aos diversos pontos reivindicados pelas categorias, a luta pela melhoria na educação e valorização dos profissionais deve continuar.
"Isso é só o começo. Ainda faremos outras mobilizações, continuaremos buscando que os políticos invistam mais na educação. Muitas unidades do IFRN têm a estrutura física deficitária, faltam professores, precisa-se de equipamentos para a realização de aulas, desta forma a luta por melhorias nesse sentido deve ter seguimento".
O estudante Nathan Gurgel comentou que apesar de ser uma luta justa por parte dos servidores, os alunos são os principais prejudicados durante o movimento grevista.
"Essa é a segunda greve seguida que os alunos vivenciam desde o ano passado. O calendário fica apertado, muitos professores colocam aulas aos sábados para repor o conteúdo. Os alunos ficam temerosos que outra greve aconteça, pois muitas pessoas que estão no fim de alguns cursos terminam prorrogando a conclusão", comentou o estudante.
Como o movimento paredista teve início ao final do primeiro bimestre, com o encerramento da greve as aulas vão começar dentro do previsto, isto é, no segundo bimestre. "Antes de começarem as aulas o calendário deve ser refeito, o que trará alguns prejuízos para professores e alunos", pontuou Fábio Procópio.
Fonte: O Mossoroense/Cidade News Itaú
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