O inquérito referente à morte de Sérgio Rosa Sales, primo do goleiro Bruno Fernandes, será conduzido pela Corregedoria Geral da Polícia Civil a partir desta segunda-feira (27). Até então, o caso era presidido pela Delegacia de Homicídios Venda Nova, que pertence ao Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP). Segundo a assessoria da Polícia Civil, a decisão foi tomada porque Sales, à época da investigação sobre o desaparecimento de Eliza Samudio, deu depoimentos informando que teria sofrido constrangimentos no DIHPP.
A polícia informou que a corregedoria assumiu a investigação “para evitar qualquer dúvida em relação à transparência".
Neste domingo (27), o Fantástico divulgou uma carta enviada por Sales aos pais à época da investigação policial sobre o desaparecimento da ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes. O documento reforça a versão que envolve o jogador na morte da modelo. Sales era réu no mesmo processo e foi executado nesta quarta-feira (22) no bairro em que morava em Belo Horizonte. O Fantástico obteve a carta, que nunca tinha sido divulgada. O texto também revela que o primo do goleiro estava sofrendo pressão de outros advogados para mudar o depoimento que incriminava Bruno, o que ocorreu quatro meses depois.
A carta faz parte do processo e foi escrita quatro dias após a reconstituição em que Sales deu informações à polícia sobre o desaparecimento de Eliza. Nela, o primo de Bruno afirma que tudo o que disse no depoimento à polícia é verdade. Sales aguardava julgamento em liberdade desde agosto de 2011.
Um dos atuais advogados do goleiro nega intimidação. “Não houve pressão de outros advogados não. Eu não percebi isso”, diz o advogado Francisco Simim.
Neste sábado (25) à noite, a polícia divulgou uma ameaça sofrida pela vítima pelo celular. Um torpedo dizendo: "Tô na pista. Você é o próximo". Mas o delegado Wagner Pinto afirma que Sales nunca pediu proteção. Na sexta-feira (24), uma denúncia anônima levou à prisão de sete suspeitos. Mas, segundo o delegado, a polícia ainda não tem elementos para ligar a morte dele ao caso Eliza.
Segundo testemunhas do crime, na quarta-feira de manhã cedo, o primo do goleiro saiu de casa para se encontrar com um desconhecido. Supostamente, ia reaver um celular que teria perdido. No caminho, percebeu que estava sendo seguido por um motoqueiro e fugiu. Levou um tiro, mas continuou a correr e, quando entrou no quintal de uma casa, levou mais cinco tiros e morreu
Com o corpo, foram encontrados quatro celulares. A polícia diz que ainda não sabe por que ele tinha tantos telefones. O local em que ele morreu é usado por traficantes e usuários de drogas. “Não há informações no seu envolvimento no tráfico ilícito de drogas”, falou o delegado Wagner Pinto.
Fonte: G1/Cidade News Itaú
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