segunda-feira, agosto 13, 2012

‘Cornos não gostam de música sertaneja’, diz Victor, da dupla Victor e Leo


“Geralmente os cornos não gostam muito de quem ouve música sertaneja. Eu já fiz uma pesquisa sobre isso”, brincou Victor, da dupla Victor e Leo. O encontro com o JT é para falar do DVD Ao Vivo em Floripa, que chega às lojas amanhã, um trabalho gravado em março, com seis músicas inéditas. E um discurso afiado. “Aquele cara que sabe que é corno, mas não admite e fica calado, não gosta de música sertaneja. E nem de quem ouve. Porque dói nele quando você fala de um amor roubado ou de um amor viciado.”

Se é essa a simples razão de tanto nariz torcido para o sertanejo, para a dupla – que completa 20 anos de carreira em 2012 e desde que estourou, em 2007, e vendeu mais de 3 milhões de discos – a música sertaneja vive um caos. “O sertanejo é a bola da vez. Tem cara que nunca soube o que é sertanejo, nunca pisou na terra, nunca ouviu um Tonico e Tinoco, não sabe uma música do Sérgio Reis ou do Milionário e José Rico e diz que é sertanejo porque o termo está em alta”, diz Leo.

O incômodo com a onda dos sertanejos pop, que bomba nas pistas em vez de embalar casais apaixonados na rede, pinica ainda mais o irmão Victor, que é o compositor da maioria das músicas gravadas pela dupla. “As pessoas esqueceram-se da essência, estão buscando oportunidades comerciais vantajosas em cima da falta de cultura, da falta de discernimento do público”, continua.

Para o registro do show ao vivo, então, Victor e Leo, de 37 e 35 anos respectivamente, tentaram mostrar que podem, sim, ser moderninhos, sem abrir mão do sertanejo romântico ou adulto. A gravação teve como cenário uma praia, e não mais o batido interiorzão. Saem os cavalos, a fazenda, entram as paisagens de Florianópolis. “Os shows no Sul sempre foram muito bons. Um dia, depois do quarto ou quinto show em Florianópolis, sobrevoamos a cidade e decidimos que este seria o cenário do novo DVD com um público na frente do palco que nos encanta profundamente. Decidimos isso há mais de um ano e ai pintou a oportunidade de fazer na orla marítima”, explicou Victor.

Fonte: Robson Pires/Cidade News Itaú

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