No Rio Grande do Norte foram confirmados 11 casos de Influenza A (H1N1), seis deles foram registrados em Natal, e o restante nos municípios de Extremoz, Parnamirim, João Câmara, Fernando Pedrosa e Jardim do Seridó. Para combater a doença, o Estado tem intensificado as ações de vacinação e flexibilizado a disponibilização do medicamento para as pessoas que estão sob suspeita, ou registram caso grave ou leve da doença. A Vigilância Sanitária de Mossoró informou que cinco pessoas apresentaram suspeita da doença no município, porém, após exames, foi constatado que nenhum desses pacientes possuía o vírus.
Sete das 11 pessoas registradas com a gripe A são menores de 14 anos, o que mostra a importância da intensificação da vigilância em crianças hospitalizadas.
A coordenadora do Departamento de Vigilância Sanitária de Mossoró, Allany Medeiros, disse que devido ao grande número de pessoas vacinadas na região, o município não apresentou nenhuma notificação.
"Com o surgimento de alguns casos no Estado, realizamos cursos de treinamento com os profissionais, para que estes aprendessem como se portar diante de futuras ocorrências. As pessoas suspeitas de estarem portando o vírus são encaminhadas para o Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), e o exame para diagnóstico da doença é feito em Natal, no Laboratório Central (Lacen). Em Mossoró, não houve confirmação de casos, graças ao intenso trabalho de vacinação realizado em uma grande parcela da população", explicou a coordenadora.
A responsável pela Vigilância da Influenza A na Sesap, Stella Leal, disse que a recomendação do Ministério da Saúde para as regiões onde foram notificados os casos é que se busque intensificar as ações da vacinação, principalmente nas gestantes, idosos e crianças.
"O ministério perguntou se o Estado precisava de mais doses, porém não foi preciso, uma vez que temos a quantidade suficiente. Muitos municípios conseguiram atingir a meta da campanha de imunização realizada em maio. Será priorizada a vacinação em crianças menores de dois anos e nas mulheres que descobriram que estavam grávidas após a campanha", disse Stella.
Ela ainda destacou que 29 unidades de saúde do Estado estão abastecidas com o remédio utilizado para combater a Influenza A. Os postos que contêm o remédio são aqueles onde se encontra uma sede regional da saúde.
Lavar as mãos com água e sabão, especialmente após tossir ou espirrar, não compartilhar alimentos e objetos de uso pessoal, além de não levar as mãos sujas aos olhos, nariz e boca, são as principais medidas de prevenção.
Entenda mais sobre a doença:
- O que é H1N1 e quais os principais sintomas?
É uma doença respiratória aguda, caracterizada como gripe, causada pelo vírus A (H1N1). Os sintomas são surgimento simultâneo de febre, tosse ou dor na garganta, dor de cabeça, dor nos músculos ou dor nas articulações.
- Como ocorre a transmissão?
O vírus é transmitido de pessoa a pessoa, principalmente por meio da tosse ou do espirro e de contato com secreções respiratórias de pessoas infectadas. No entanto, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a principal forma de transmissão não é pelo ar, mas sim pelo contato com superfícies contaminadas.
- Quando infectada, por quanto tempo uma pessoa com o vírus da nova gripe transmite a doença?
O período de transmissibilidade da doença é diferente entre adultos e crianças. Nos adultos, o período é de sete dias após o aparecimento dos sintomas, enquanto em crianças este período vai de dois dias antes até 14 dias após o início dos sintomas.
- Uma pessoa pode ter influenza mais de uma vez?
Sim, mas não causada pelo mesmo subtipo de vírus e nem em um curso espaço de tempo. Isso porque a pessoa fica imunizada pelo subtipo de vírus depois de ter a doença. Também porque o vírus circula mais em um determinado período do ano (por isso é chamado de sazonal), especialmente no inverno, estação que varia de acordo com o hemisfério do planeta. No caso do Brasil, a circulação do vírus da gripe aumento no período de junho a outubro. Portanto, a probabilidade de uma pessoa contrair gripe nesse intervalo de tempo é maior.
- A pessoa que teve influenza cria imunidade ao vírus?
Sim. Esse comportamento é comum em infecções por vírus. Depois de contrair a doença, o organismo humano cria defesas contra o "inimigo", evitando futuras infecções pelo mesmo vírus.
- Qual a influência das estações do ano na disseminação do vírus?
No inverno, em virtude das baixas temperaturas e da maior permanência das pessoas em locais fechados, o risco de transmissão é maior.
Fonte: O mossoroense/Cidade News Itaú
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