O grupo de hackers Anonymous reivindicou nesta terça-feira (21) vários ciberataques contra sites oficiais do governo britânico como represália pela atitude de Londres no caso do australiano Julian Assange, confinado na embaixada do Equador há dois meses.
O Anonymous reivindicou em uma de suas muitas contas no Twitter estes ataques no âmbito de uma denominada operação "Liberdade a Assange".
O ministério da Justiça britânico reconheceu nesta terça-feira que seu site sofreu algumas "interrupções".
"Tomamos medidas para que o site funcione, mas os visitantes podem não poder ter acesso a ele de maneira intermitente", disse o ministério, que assegurou que seu site não contém, no entanto, nenhum "dado sensível".
O site do Ministério do Interior também sofreu "cortes muito pequenos" depois de ter sido atacado na segunda-feira à noite, indicou o Home Office, assegurando que sua página não tinha sido "pirateada" e que nenhum outro de seus serviços havia sido afetado.
Os serviços do primeiro-ministro britânico David Cameron asseguraram, por sua vez, que os ataques contra o site de Downing Street fracassaram.
Julian Assange, fundador do WikiLeaks, está há dois meses preso na embaixada equatoriana em Londres, onde se refugiou fugindo da justiça britânica, que se preparava para extraditá-lo à Suécia, onde é requerido por supostos crimes sexuais.
Assange e seus defensores temem que, uma vez na Suécia, possa ser extraditado aos Estados Unidos e julgado por traição pelos milhares de documentos secretos americanos divulgados pelo WikiLeaks.
No dia 16 de agosto, o Equador concedeu asilo diplomático a Assange, mas o governo britânico se nega a conceder um salvo-conduto para que possa sair do país.
Fonte: G1/Cidade News Itaú
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