Páginas

quarta-feira, agosto 22, 2012

AgrIcultores perdem quase 100% da produção devido à falta de chuva

estiagem_no_rn
A maioria dos agricultores do Rio Grande do Norte (RN) foi prejudicada por conta da ausência de chuva este ano. De acordo com informações do Sindicato dos Trabalhadores na Lavoura de Mossoró a produção de feijão, milho e sorgo apresentou queda de quase 100%. A previsão é que a situação piore neste 2º semestre, especialmente nos meses de setembro, outubro e novembro, tendo em vista que esse é o período de seca na região.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Lavoura Dalvirene de Medeiros disse que devido a queda na produção de grãos, estes produtos estão sendo trazidos de outros estados e cidades, como Jaguaribe e Assu.
"Até o sorgo, utilizado na alimentação de animais e que quase não precisa de água para se manter, não teve sucesso este ano. Se a situação estava difícil no início do ano, normalmente período de inverno, ela só tende a se agravar nos próximos meses. O Governo do Estado tem disponibilizado o Bolsa Estiagem, no valor de R$ 80, que tem ajudado, mas não é o suficiente. Para se ter uma ideia, o preço da passagem para receber o dinheiro e comprar mantimentos é R$ 20, a cesta básica custa atualmente algo em torno de R$ 40, o que sobra é pouco para ajudar em outras necessidades", explicou Dalvirene.
Ele ainda destacou que um dos principais problemas enfrentados pelo homem do campo é a falta de água, para irrigação, consumo próprio e de animais.
"Muitas comunidades estão com poços quebrados, um desses exemplos é Riacho Grande, que há mais de três semanas tem problemas no reservatório de água. Muitas pessoas para conseguirem o líquido estão recorrendo a carros-pipas, que para regiões próximas custa R$ 70 e para áreas mais distantes custa R$ 150,00", relatou o presidente do sindicato.
Dados fornecidos pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) registram uma quebra de 80% na produção de grãos no semiárido. No RN, apesar da produção de feijão ser pequena, a quebra foi 89,6%, passando dos 33,7 mil toneladas para 3,5 mil toneladas nesta safra.
Segundo o gerente municipal de Agricultura, Rondinelli Carlos, no momento estão sendo realizadas manutenções preventivas nos poços públicos, dessalinizadores, entre outras.
"Para minimizar os efeitos da seca estamos realizando manutenção preventiva em diversos poços e dessalinizadores espalhados entre as 130 comunidades rurais da nossa região. Em algumas delas, principalmente nos loteamentos, percebemos que a escassez de água está mais intensa e para ajudar temos enviado carros-pipas".

Fonte: O Mossoroense/Cidade News Itaú

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!