Professores e técnicos das instituições de ensino federais em greve prometem radicalizar movimento

Professores e técnicos-administrativos das instituições de ensino federais em greve, desde o último dia 11 de junho, prometem radicalizar o movimento a partir da próxima segunda-feira, 30.

O Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Educação do Ensino Superior do Rio Grande do Norte (Sintest/RN) anunciou que, acompanhando uma decisão do comando nacional de greve, irá ocupar a Reitoria da Universidade Federal do RN (UFRN), a partir das 8h, assim como estuda a possibilidade de também promover o protesto na Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), em Mossoró.

"O objetivo dessa mobilização é mostrar à sociedade os motivos da nossa paralisação, e fazer com que os reitores se posicionem e possam cobrar do Governo Federal uma negociação conosco", destaca um dos diretores do Sintest/RN, José Rebouças.

Além da ocupação das reitorias pelos grevistas, o Sindicato definiu também que irá interditar uma das BRs que dá acesso a Natal, juntamente com os técnicos-administrativos da Ufersa. "Essa ação já foi aprovada, só falta decidir qual estrada será ocupada. Os técnicos da Ufersa virão diretamente de Mossoró para nos acompanhar nesse processo", revela José Rebouças.

O movimento paredista dos docentes da Ufersa foi iniciado no dia 17 de maio, já a paralisação dos técnicos-administrativos começou dia 11 de junho. Os servidores reivindicam, entre outros pontos, racionalização dos cargos, reposicionamento dos aposentados e isonomia salarial.

"A greve dos técnicos atinge 100% das universidades federais, e a dos docentes, 57 das 61 instituições. Nós defendemos a continuidade da paralisação até que o Governo nos atenda", diz o diretor-geral do Sintest/RN.

Ainda segundo José Rebouças, o ministro da Educação, Aloísio Mercadante, agendou para segunda-feira uma reunião com o comando nacional de greve. "Mas como a negociação está sendo feita com o Ministério do Planejamento, essa reunião servirá para abrir o canal com o Governo, já que o ministro Mercadante dota de um certo prestígio no Poder Executivo federal", conclui.

Fonte: O Mossoroense/Cidade News Itaú