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domingo, julho 08, 2012

Governo Federal poderá cortar ponto de grevistas

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Após quase dois meses de impasse mantido entre o governo e segmentos técnicos funcionais, o Ministério do Planejamento se posicionou e sugeriu aos órgãos públicos federais que cancelem o pagamento dos dias não trabalhados por servidores grevistas.
"Orientamos pela adoção das providências na folha de pagamento para efetuar o corte do ponto referente aos dias parados", afirma trecho da mensagem encaminhada ao setor de recursos humanos das instituições.

Desde que os movimentos grevistas foram deflagrados, essa foi a primeira vez que a pasta elevou o tom do discurso em relação à paralisação de setores do funcionalismo público.
"Os dirigentes devem observar se foram cumpridas as exigências legais, (...) devendo tomar as providências cabíveis caso seja constatado excesso nas manifestações", afirma o documento a qual a Folha teve acesso.
Na conclusão da mensagem, o ministério destaca que o governo mantém o "compromisso com a democratização das relações de trabalho" e que segue com o "processo de negociação coletiva".
No Rio Grande do Norte, o setor federal mais afetado pela greve é o do ensino de graduação e técnico. A partir da paralisação das atividades em instituições como o IFRN, UFRN e Ufersa que tem atingido estudantes da capital e do interior.
Nos últimos dias as manifestações se intensificaram inclusive com a tentativa de impedir a matrícula dos novos aprovados em cursos de graduação pelo SiSU.
O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) disse na última sexta-feira que o governo espera "maturidade" dos servidores para entender as dificuldades impostas pelo cenário econômico internacional para a concessão de reajustes.
Este seria o argumento utilizado para a não-negociação dos reajustes pedidos pelas categorias em greve.
Carvalho afirmou que a ministra Miriam Belchior (Planejamento) ainda discute "possibilidades" de aumento, mas explicou que o governo precisa ter "responsabilidade" para garantir a estabilidade econômica.
"O governo segue analisando as possibilidades com muita preocupação em relação à economia e confiando na maturidade dos servidores que estão vendo o que está acontecendo no mundo todo", disse o ministro.

Fonte: O Mossoroense/Cidade News Itaú

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