sábado, julho 28, 2012

Família ameaça entrar com ação contra a Petrobras por negligência

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Os familiares de Antonio Igor de Souza Silva, 2 anos, que morreu na última quarta-feira, vítima de acidente doméstico, no sítio Piquiri, zona rural de Mossoró, pretendem entrar com uma ação judicial contra a Petrobras por negligência e discriminação.
Segundo informações repassadas pelo pai da criança, o líder comunitário Marcos Antonio da Silva, a criança brincava próximo da residência de uma amiga, quando caiu dentro de uma fossa que estava com tampa de madeirite e presa com alguns tijolos. Na ocasião, o menino retirou os tijolos e ao olhar para dentro perdeu o equilíbrio e caiu.
"Quando a madrinha do menino chegou ainda o encontrou com vida. Imediatamente pegaram um carro e levaram a criança a um pronto-socorro que tem na base da Petrobras, que fica a quatro minutos da minha casa. Chegando lá, foi impedido de entrar na base por um funcionário, que alegava ser somente para funcionários. Meu irmão que socorreu a criança insistiu, porém não teve jeito e o levamos para uma UPA em Mossoró, onde já deu entra praticamente sem vida", explicou o pai.
Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Mossoró, o médico que atendeu a criança informou à família que se ela tivesse sido reanimada na base teria sobrevivido, pois o socorro imediato é muito importante nesses casos e fundamental para a sobrevivência.
O advogado Edgar Pereira Rocha, contratado pela família, disse que vai solicitar a abertura de um inquérito policial para apurar o caso, entrar com uma ação contra a Petrobras por omissão de socorro, além de solicitar judicialmente as gravações das fitas do circuito de gravação, para comprovar o horário em que a família teve o pedido de socorro negado.
"Fui informado que um encarregado por nome de 'Jean', teria sido o responsável pela negação do pedido de socorro. Para isso vamos pedir judicialmente que a empresa abra sindicância interna para apurar a responsabilidade para omissão de socorro",
Antonio Igor foi sepultado na manhã de ontem, em Mossoró, sob forte comoção e revolta dos familiares e amigos. A reportagem do O Mossoroense tentou entrar em contato com a Petrobras, mas foi informada que somente o setor judiciário é que vai se manifestar, caso necessário.

Fonte: O Mossoroense/Cidade News Itaú

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