Valério Luiz foi estava no carro quando foi atingido por seis tiros (Foto: Adriano Zago/G1) |
O radialista Valério Luiz, filho do também comentarista esportivo Manoel de Oliveira, conhecido como Mané de Oliveira, foi assassinado, na tarde desta quinta-feira (5), quando saía da rádio onde trabalhava, na Rua C-38, Setor Serrinha, em Goiânia. Segundo informações preliminares da Polícia Militar (PM), uma moto se aproximou e disparou seis tiros contra a vítima.
Valério chegou a ser socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local, que está interditado para facilitar o trabalho da perícia.
Testemunhas que preferiram não se identificar disseram que o comentarista recebia ameaças de morte. O pai, Mané de Oliveira, chegou ao local do crime minutos depois do assassinato e afirmou, emocionado, que sabia quem era o autor do homicídio. “Mataram meu filho, eu sei quem foi que mandou matar meu filho. Por que ele está fazendo isso comigo?”, disse Mané, sem citar nomes. Ele foi consolado por amigos.
A delegada-geral da Polícia Civil de Goiás, Adriana Accorsi, esteve no local. “É um caso emblemático porque ele é uma pessoa pública, conhecida e querida. Vamos fazer o possível para elucidar esse crime”, afirmou.
Titular da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH), Adriana Ribeiro é responsável por investigar as circunstâncias e motivação do assassinato. Na sede da rádio, que fica a poucos metros de onde Valério foi morto, ela começou a ouvir, preliminarmente, familiares e colegas de trabalho da vítima.
Questionada sobre a possibilidade do crime ter relação com os comentários do radialista, Adriana Ribeiro disse que acha prematuro fechar em um única linha de investigação. "Os indíncios são de execução. Nós trabalhamos com hipótese do crime ter sido motivados pela natureza do trabalho dele, mas não descartamos nenhuma possibilidade", informou.
Adriana explicou que está colhendo dados da rotina de Valério, para traçar o perfil social do comentarista. Ela também aguarda o laudo da perícia e vai requisitar imagens de câmeras de segurança em estabelecimentos próximo ao local do crime. Segundo ela, as câmeras de segurança instaladas na entrada da rádio não estavam funcionando.
O secretário de Segurança Pública, João Furtado Neto, também esteve na rádio para prestar solidariedade aos familiares e aos funcionários. Ele não falou com a imprensa.
Polêmico
O diretor da rádio em que Valério trabalhava, Cassim Zaidem, conversou com a imprensa no local do crime. Questionado sobre as possíveis ameaças que o funcionário estaria recebendo, ele afirmou que acredita em execução.
“Ele [Valério] sempre foi polêmico, teve umas opiniões claras, fortes, mas isso não pode nem passar pela nossa cabeça que tenha sido o motivo de uma tragédia, algo tão absurdo. Todas as características são de execução, porque não roubaram nada. A gente não quer acreditar que opiniões possam levar a uma tragédia pessoal, familiar, profissional dessa magnitude. A gente não imagina que possa acontecer uma coisa dessa com uma pessoa que mexe com uma coisa tão prazerosa com o futebol”, disse.
Fonte: G1/Cidade News Itaú
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