A situação de Valdivia continua indefinida. O gerente de futebol do Palmeiras, César Sampaio, concedeu a coletiva nesta terça-feira para explicar que aguarda uma definição sobre o futuro do jogador até o fim desta semana. O dirigente, no entanto, deu mostras de pessimismo no discurso ao dizer que não adianta segurar o jogador se ele quiser ir embora.
"Viemos nos pronunciar sobre o retorno do Valdivia. Saio agora de uma reunião com ele, e o quadro ainda é indefinido. Ele está bem abalado emocionalmente. O pai e o irmão chegam à tarde e vamos ter três dias para conversar. Segundo o que ele disse, a esposa foi taxativa, dizendo que não volta mais ao Brasil. Ele tem um vínculo conosco. É uma situação delicada. Eu expliquei a ele que mais do que o contrato, ele tem o compromisso em abraçar a causa, em estar preparado para colocar a qualidade dele. Para isso, ele precisa estar com a cabeça voltada para cá, então temos pontos de interrogação e vamos definir nos próximos dias. Até sexta temos a definição", disse César Sampaio.
"Nós não abrimos mão dele. Só que mais do que o documento, este compromisso, não adianta ter a pessoa aqui com a cabeça em outro lugar. Ele está muito mal. Muito mal mesmo. Até a fisionomia dele está muito ruim, abatida. Normal de alguém que passou por um momento desse. Estamos procurando um lado humano", completou.
Na última segunda-feira, o irmão de Jorge, Claudio Valdivia, declarou que o jogador chegaria ao Brasil ao lado do pai e que conversaria com os dirigentes para chegar a um acordo, já que ele não "estava nada bem".
"Eu não gosto de convencer ninguém. Estamos respeitando a posição dele. Claro que temos alguns termos que vamos resolver, mas o quadro é indefinido ainda. Continuar neste ambiente sem a família ainda é algo diferente. Ele voltou ao carro, reviveu alguns momentos, então é algo muito traumático. Ele não veio com a cabeça para rescisão, mas está sem decisão", finalizou.
Como o UOL Esporte mostrou, a multa rescisória do contrato do jogador é de R$ 100 milhões para o futebol internacional. Para clube brasileiro, o valor é de exorbitantes R$ 375 milhões.
Por fim, o contrato de Valdivia prevê uma divisão dos direitos econômicos. Em uma venda, o Palmeiras lucraria 54% do total acordado, sem descontar as comissões e impostos. Outros 36% estão com o empresário e conselheiro do clube Osório Furlan Jr. O restante (10%) pertence ao jogador.
Entenda o caso
O jogador e sua esposa Daniela foram rendidos na noite de quinta-feira (07) e por cerca de duas horas ficaram sob o poder de um sequestrador. As investigações iniciais davam conta que o casal foi abordado no estacionamento do Shopping West Plaza, no bairro Água Branca. Posteriormente, a polícia passou a considerar que o atleta havia sido abordado em uma locadora da região.
Depois de duas horas rodando pelas ruas de São Paulo, Valdivia e sua mulher foram deixados, com o carro, próximos a uma loja de peças automotivas na Avenida Marquês de São Vicente. O bandido fugiu de táxi e levou mil reais.
Segundo Dejair Rodrigues, delegado seccional Oeste e que comanda as investigações, policiais civis estiveram no Shopping para conseguir as imagens do circuito interno.
O Boletim de Ocorrência foi registrado pelos policiais no 7º DP, uma vez que o jogador, abalado, não quis comparecer ao distrito. Segundo a assessoria de imprensa do clube, o jogador não foi reconhecido pelo marginal. Valdivia teria se identificado apenas como Jorge, jogador do Palmeiras.
Fonte: Uol Esporte/Cidade News Itaú
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!