O diário argentino "La Nación", um dos principais do país, não circulou nesta terça-feira (12) pela primeira vez em 142 anos, como consequência de uma paralisação de funcionários do parque gráfico do jornal.
Em comunicado aos leitores divulgado na versão online do jornal, o "La Nación" afirma que a “medida de força” foi tomada “de forma intempestiva e ilegal por um grupo de trabalhadores ao final do dia de ontem, como continuidade de outras ações de sabotagem ocorridas desde o fim de semana”.
De acordo com o jornal, a decisão se deu em meio a uma negociação salarial com a empresa, que diz ter oferecido um aumento salarial superior a 25%, “acima do incremento proposto pelo órgão que controla o setor”.
O "La Nación" afirma que os mesmos funcionários já haviam provocado prejuízos no final de semana, quando o jornal teve atrasos na entrega, além de danos a anunciantes, distribuidores, vendedores e máquinas do parque gráfico.
Em seu endereço na internet, o jornal põe à disposição dos leitores a edição online na íntegra, além de uma versão em PDF para baixar.
À agência de notícias oficial Telám, o representante dos trabalhadores, Walter Ibañez, afirma que a paralisação se deu após a suspensão de 30 funcionários. "Seguiremos até que reincorporem os companheiros suspendidos", disse.
Outro representantes dos funcionários, Darío Sosa, disse à Telám que a empresa impediu os trabalhadores do turno da noite de entrar no parque gráfico e que se recusa a negociar as perdas salariais.
O funcionário afirmou ainda que a empresa contratou trabalhadores temporários para substituir os suspensos e que ele provocaram danos às máquinas que afetaram a distribuição.
“Confiamos que as autoridades competentes intervenham imediatamente para resolver esta situação e que o pessoal envolvido reveja sua atitude, que põe de maneira irresponsável em sério risco as fontes de emprego dos quase mil trabalhadores do diário La Nacion”, diz o comunicado da empresa.
Fonte: G1/Cidade News Itaú
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