terça-feira, junho 05, 2012

Empresário José Mendes declara que foi preso por ter participado de reunião na Prefeitura de Mossoró

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Participar de uma reunião na Prefeitura de Mossoró. Foi esse o motivo revelado pelo empresário José Mendes no programa radiofônico apresentado por ele na Rádio Difusora.
Ele disse que o encontro em questão sequer tratou de postos de combustíveis como Ministério Público e Polícia Federal dizem na "Operação Vulcano". "Estou sendo acusado porque participei de uma reunião na prefeitura para defender as causas de Mossoró. Não fomos falar de posto. Fomos com o reitor (Josivan Barbosa, que já deixou a direção da Ufersa) falar daquele problema de trânsito da rua Francisco Mota", acrescentou.
O empresário acrescentou que nos interrogatórios os policiais não mostraram provas que comprovem que a reunião tratou de cartel de combustíveis na cidade. "Fui acusado por ir a uma reunião. Não disseram nem do que se tratou essa reunião", relatou.
Ele disse considerar a prisão um absurdo. "Foi uma prisão arbitrária", comentou.
Sobre as evidências de cartelização dos postos de combustíveis em Mossoró, José Mendes fez um desafio: "Eu entrego os meus postos para quem quiser por 90 dias. A quem quer que seje (sic). Você vai comprar e vender e com 90 dias você vai tirar a prova se há cartel".
O empresário reclamou ainda da carga tributária. "Eles criam instituições só para criar taxas", declarou.
Ele disse ainda que acredita ter sido alvo de conspiração política tramada em Brasília. "Tem político com essa história de mudar a lei para beneficiar A ou B. Nós vamos investigar se essa história tem fundamento. Tem político lá em Brasília denunciando que em Mossoró tem cartel", disparou.
O empresário revelou que se sentiu torturado pelo tratamento que recebeu na Polícia Federal. "A gente saiu daqui para Natal numa van velha, toda manchada. Quando paramos em Santa Maria pensaram que eram os marginais que arrasaram Baraúna. Correram a 130 quilômetros com a sirene aberta e ultrapassando todo mundo vendo a hora dar uma virada. Fomos torturados. Tortura não é só quando leva peia não. Tivemos que ficar nus para sermos revistados. Fomos tratados como se fôssemos de alta periculosidade", acrescentou. 
Francisco José Júnior tem pedido de prisão revogado pela Justiça
O juiz Cláudio Mendes Júnior, da 3ª Vara Criminal de Mossoró, revogou a prisão preventiva do presidente da Câmara Municipal, Francisco José Júnior (PSD).
Com a decisão ele não correrá o risco de ser preso ao desembarcar no Brasil no retorno previsto para o próxima quinta-feira. "Ele comparecerá voluntariamente à Polícia Federal para prestar esclarecimentos assim que chegar ao Brasil", frisou o advogado Marcos Araújo, que defende o presidente da Câmara neste caso.
De acordo com o causídico, com o fim do período de prisão temporária de cinco dias concluído não havia necessidade de manter o pedido de prisão preventiva de Francisco José Júnior. "Todo mundo já tinha prestado depoimento e as provas já tinham sido recolhidas. Não tinha mais necessidade de manter o pedido de prisão", declarou.
Das oito pessoas que tiveram pedido de prisão decretada por conta de um suposto cartel na venda de combustíveis em Mossoró, apenas Francisco José Júnior não foi preso. Na quarta-feira passada ele estava em viagem de lazer ao México.

Claudionor e empresários são liberados após fim do prazo de 5 dias de detenção
As sete pessoas detidas durante a "Operação Vulcano" foram liberadas na noite do último domingo após cumprirem o prazo da prisão preventiva decretada pelo juiz da 3ª Vara Criminal, Cláudio Mendes Júnior.
A reportagem do O Mossoroense tentou fazer contato com o vereador Claudionor dos Santos (PMDB), mas ele estava com o telefone celular desligado.
O advogado dele, Jeferson Freire, explicou que o parlamentar dedicou o dia de ontem à família e que iria à Câmara Municipal hoje fazer um pronunciamento. "Ele vai reafirmar sua inocência", acrescentou.
O defensor dos interesses de Claudionor dos Santos explicou que ele participou de reuniões e articulou votações sobre as delimitações no mercado de venda de combustíveis em Mossoró. "Ele não pode ser criminalizado por sua atividade parlamentar", destacou.
Também foram liberados os empresários Otávio Augusto Ferreira da Silva, da rede Fan; ex-vereador Pedro Edilson Leite Júnior, dono do posto Santa Luzia; Robson Paulo Cavalcanti, dono do posto Nacional; Carlos Otávio Bessa e Melo, do posto Nova Betânia; Sérgio Leite de Souza, do posto Olinda. Eles são defendidos pelo advogado José Luís. A reportagem tentou contato, mas ele não atendeu às ligações.

Fonte: O Mossoroense/Cidade News Itaú

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