O correio Brazileinese estampa que a disparada dos preços do dólar, que se mantém insistentemente acima de R$ 2, já está batendo no bolso dos brasileiros. E o impacto mais gritante apareceu no café da manhã, no qual o pãozinho é ingrediente indispensável. Desde o início de maio, quando a moeda norte-americana iniciou um forte processo de valorização, o quilo do pão francês já subiu 28,6%. Passou de R$ 7 para R$ 9, um susto para a maioria dos consumidores. O produto reflete o encarecimento das importações de trigo, já que o Brasil não produz quantidade suficiente do cereal para abastecer os lares e o comércio. O trigo responde por até 80% da fabricação do pão.
O problema, dizem os empresários, é maior: a escalada do preço do pãozinho é só o início de um processo de remarcação que está prestes a ganhar força. Também massas e biscoitos sofrem o impacto do encarecimento do trigo que vem de fora, e já começam a ter os valores nos supermercados majorados — entre 5% e 10%. Azeite, queijos e vinhos importados seguem na mesma direção. Não à toa, os lojistas estão em polvorosa. A partir de agora, eles começam a fechar os contratos para a compra de produtos característicos do Natal, com o bacalhau. Se o dólar continuar acima de R$ 2, não há dúvidas de que a ceia do fim deste ano será bem mais salgada que as de anos anteriores, quando a divisa dos Estados Unidos estava em queda livre.
Fonte: Correio Braziliense/Cidade News Itaú
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