Investigado pela Procuradoria Geral da República (PGR) e pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o desembargador Expedito Ferreira de Souza moveu, na última semana, ações judiciais contra cinco pessoas por calúnia, difamação e injúria. As petições foram feitas entre os dias 17 e 18 deste mês e pedem explicações ao marido da governadora Rosalba Ciarlini, Carlos Augusto Rosado, o ex-secretário da Casa Civil, Paulo de Tarso Fernandes, o procurador geral do Estado, Miguel Josino, e os envolvidos na Operação Sinal Fechado, José Gilmar Carvalho Lopes, Alcides Fernandes e George Olímpio.
De acordo com o site do TJ-RN, o processo contra Carlos Augusto foi arquivado por falta de elementos para comprovar a calúnia. Foi solicitado ao juiz da 7º Vara Criminal, José Armando, que o marido da governadora desse explicações em juízo sobre eventuais citações do nome de Expedito. "Não consegui extrair da narrativa quais teriam sido as referências, alusões ou frases proferidas pelo interpelado [Carlos Augusto] que eventualmentepudessem configurar crimes de calúnia, difamação ou injúria em desfavor do interpelante", diz a sentença.
Na 8ª Vara Criminal foram movidos dois processos. Um contra Miguel Josino e outro contra Paulo de Tarso. Ao procurador geral do Estado também caberia explicações em juízo sobre o envolvimento do desembargador na operação Sinal fechado. Porém, como Josino possui foro privilegiado, o juiz Ivanaldo Bezerra Ferreira dos Santos se declarou incompetente para o caso e determinou a remessa do processo ao TJ. Em relação a Paulo de Tarso, o magistrado relatou que o mesmo não fez nenhuma acusação usando o nome do desembargador e julgou extinta a interpelação judicial movida por Expedito.
As interpelações contra Gilmar da Montana e George Olímpio aparecem nas movimentações do TJ-RN como ainda não julgadas. Ambos são réus no processo decorrente da Sinal Fechado, mas ainda não teriam feito nenhuma acusação pública ao desembargador, ao contrário de Alcides, que durante delação premiada falou ao Ministério Público sobreExpedito ter recebido propina. O processo movido contra Alcides corre na 4ª Vara Criminal.
Apesar de Alcides ter dito ao MP que o desembargador recebeu propina durante as fraudes do sistema de inspeção veicular, o nome de Expedito surgiu pela primeira vez ainda nas interceptações telefônicas feitas nas investigações da Sinal Fechado. O nome do desembargador foi citado várias vezes em conversas entre os empresários Gilmar da Montana e Edson Cézar.
Fonte: DN Online/Cidade News Itaú
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