quarta-feira, maio 30, 2012

Atum dos EUA foi contaminado com césio de Fukushima


Pequenas quantidades de césio foram encontradas em uma espécie de atum na costa oeste dos Estados Unidos. Após realizarem uma pesquisa, cientistas norte-americanos acreditam que a contaminação pode ter sido originada pela radiação causada pelo vazamento ocorrido na usina nuclear japonesa de Fukushima Daiichi. A suspeita foi publicada nesta segunda-feira (28/05) pela revista científica PNAS, da Academia Nacional de Ciências dos EUA.

Segundo o estudo, 15 exemplares de atum-rabilho de um grupo que foi coletado para avaliação no litoral de San Diego, na Califórnia, em agosto do ano passado, continham presença de 4 becqueréis de césio-137 e 6,3 becqueréis de césio-134. Cinco meses antes, em 11 de março, a usina nuclear japonesa foi atingida por um terremoto e um tsunami, e entrou em colapso, afetando toda a região. O becquerel é a unidade de medida de radioatividade adotada pelo Sistema Internacional e mede a quantidade de material no qual o núcleo decai por segundo.

O nível encontrado nesses exemplares é dez vezes maior do encontrado nos atuns da mesma espécie e na mesma área nos anos anteriores. Esses níveis são insignificantes e equivalente ao eu é encontrado na natureza. Entretanto, continuam abaixo dos níveis prejudiciais à saúde pelos governos dos EUA e do Japão. Recentemente,o governo estipulou um limite de segurança de 100 beqcueréis por quilo na comida.

A descoberta sugere que o peixe levou a radiação de um lado do Pacífico para o outro em tempo recorde, mais rápido do que pela água ou pelo vento. Esse peixe pode nadar a profundidade de até mil metrod e atinge a velocidade de 64 quilômetros por hora.

“Eu não diria as pessoas o que elas devem ou não devem comer. Algumas pessoas acreditam que, por mais modestos que sejam, qualquer nível de radiação é ruim e deve ser evitado. Mas comparado com o que encontramos e com os níveis de segurança estabelecidos, não é, de longe, uma grande quantidade”, diz Daniel Madigan, da Universidade de Stanford e que comandou as pesquisas.

A empresa operadora da usina de Fukushima, Tokyo Electric Power, estima que 18 terabecqueréis de material radioativo foram jogados no Pacífico após a tragédia, ou sob a forma de precipitação ou se misturando à água. Um terabecquerel é equivalente a um trilhão de becqueréis.

Fonte: Portal Uol/Cidade News Itaú

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