A rede terrorista Al Qaeda reivindicou o atentado ocorrido nesta segunda-feira durante o ensaio de um desfile militar na cidade de Sanaa, em que ao menos 90 pessoas morreram.
Em um comunicado, o grupo diz que o objetivo da operação era assassinar o ministro da Defesa, Mohamed Naser Ahmad, que se encontrava no local da explosão mas saiu ileso.
Ao menos 90 pessoas morreram e outras 222 ficaram feridas no atentado suicida, de acordo com o Ministério da Defesa local.
Foi o atentado mais sangrento desde o início da revolta popular, no início do ano passado, que derrubou o regime do ditador Ali Abdullah Saleh.
O ataque foi perpetrado na praça de Sabein, onde se encontravam o ministro Naser Ahmad, e o chefe do Estado Maior, Ali al Ashual.
Vários membros das forças de segurança que presenciaram o ataque disseram à agência Efe que um suicida, vestido de uniforme, detonou um cinto de explosivos ao fim do ensaio.
O Ministério informou que todas as vítimas eram recrutas da polícia e do Exército, que preparavam o desfile para a celebração dos 22 anos da unificação do Iêmen.
AMEAÇA
O Iêmen é reduto da AQAP (Al Qaeda na Península Arábica) e é considerado pelos Estados Unidos uma grande ameaça, não apenas para a segurança da região mas também para a segurança interna. Um instrutor militar dos EUA ficou ferido em um ataque a uma equipe militar norte-americana no domingo.
Nesta segunda-feira, pedaços de corpos e sangue ficaram espalhados pela avenida de dez faixas onde acontecia a apresentação militar. A área foi isolada pelas autoridades.
"Estávamos em um desfile, e de repente houve uma enorme explosão. Dezenas dos nossos homens morreram. Nós tentamos ajudá-los", disse um homem que identificou-se como coronel Amin al-Alghabati, com as mãos e o uniforme sujos de sangue.
"O homem-bomba estava vestido com uniforme militar. Ele tinha um cinto com explosivos no corpo", acrescentou a testemunha.
Fonte: Folha de São Paulo
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante para nós, comente essa matéria!