Depois de quatro dias de paralisação das aulas na rede municipal de ensino, devido à greve dos professores, a Prefeitura de Mossoró decidiu pedir a ilegalidade do movimento. Segundo informações repassadas pela assessoria da prefeitura, o piso nacional dos professores já é pago e a prefeitura já atendeu grande parte das reivindicações da categoria, por isso o pedido de ilegalidade da greve.
Ainda de acordo com informações obtidas através da assessoria, inicialmente os professores reclamavam da carga horária, porque não era reconhecido o tempo de trabalho fora de aula, que deve representar um terço das horas trabalhadas pelos profissionais para o planejamento de aulas.
Para atender a reivindicação, a Prefeitura criou um novo regime de trabalho, adotando duas cargas horárias para os profissionais da educação do município, assim uma parte terá carga horária de 30 horas por semana e os novos professores trabalharão 40 horas semanais.
Na manhã de ontem, o Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Mossoró (SINDISERPUM) organizou mais um protesto da categoria, desta vez no Palácio da Resistência, sede da Prefeitura de Mossoró.
O vice-presidente do sindicato, Gilberto Diógenes, afirmou que o motivo do protesto era cobrar da prefeitura a elaboração de uma nova proposta, respeitando o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR).
Ainda segundo Gilberto Diógenes, a categoria espera que a prefeitura não encaminhe o Projeto de Lei para votação na Câmara dos Vereadores.
Os professores reclamam que a proposta apresentada para a diretoria do sindicato pela prefeitura na reunião realizada na segunda-feira, congela por três anos o salário de todos os profissionais da educação. Além disso, eles questionam o fato do Plano de Cargos e Carreiras da categoria não ter sido levado em consideração na hora da elaboração da tabela salarial do magistério apresentada pelo projeto de lei que prevê a reformulação dos pisos salariais e atualização do estatuto da categoria.
"Enquanto a prefeitura não apresentar uma nova proposta, vamos continuar a greve. E o movimento, que já está com cerca de 85% de adesão, deve crescer ainda mais, já que os servidores que participaram da Assembleia realizada hoje (ontem) tomaram conhecimento dessa atitude maquiavélica que a prefeitura tomou contra os professores", frisa.
O procurador-geral do Município de Mossoró, Olavo Hamilton, afirmou que estava esperando o resultado de uma reunião que seria realizada no final da tarde de ontem para definir se entraria ou não com o pedido de ilegalidade e sua justificativa.
Fonte: Defato
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