Os moradores de um prédio de 11 andares foram feitos reféns por mais de três horas, na manhã desta terça-feira, durante um arrastão na rua do Paraíso, zona sul de São Paulo.
O grupo, formado por aproximadamente 20 assaltantes, chegou ao edifício por volta das 7h. Um deles estava vestido com o uniforme dos Correios e, assim que o porteiro abriu a entrada para visitantes, foi rendido por dois assaltantes. Um deles abriu a portão da garagem e dois veículos do grupo entraram no local.
Dos carros saíram os demais integrantes da quadrilha, todos armados. Cada morador que descia para a garagem era rendido e tinha que voltar para o apartamento.
Segundo moradores, eles diziam que procuravam joias e dinheiro e que conheciam muito bem a rotina do edifício. Cada apartamento era vasculhado por cerca de cinco bandidos.
Assim que as buscas terminavam no apartamento, os moradores eram levados para o subsolo do prédio, onde eram amarrados com os demais. De acordo com relatos, idosos e crianças chegaram a ser agredidos pelo grupo.
Quase todos os assaltantes estavam com os rostos cobertos e usavam rádios para se comunicar --um dos homens, que seria o chefe do bando, usava cinco aparelhos para coordenar a ação.
O momento mais tenso, segundo os reféns, foi quando o motorista de um juiz, que é morador do prédio, chegou para buscá-lo. Aproximadamente dez homens cercaram o carro armados até que o motorista descesse.
Ao perceber que o motorista guardava uma arma dentro do veículo, ele foi agredido várias vezes pelos assaltantes, que estavam muito nervosos.
A ação só terminou por volta das 10h30. Antes de sair o prédio, a quadrilha fechou mais de 20 moradores em duas despensas da garagem. Todos estavam amarrados e amordaçados. Ninguém foi ferido com gravidade.
Os moradores não quiseram se identificar porque o grupo disse que iria voltar para roubar novamente o prédio.
O edifício é monitorado por câmeras de segurança, mas todos os vídeos foram levados pelos assaltantes.
O caso está sendo registrado no 6º DP (Cambuci). Ainda não há informações sobre a quantia levada pelo grupo.
Fonte: Folha de São Paulo
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