segunda-feira, abril 02, 2012

Mãe do bebê que morreu em carro poderá ir a júri popular, se acusada

Bebê que morreu após ficar trancado em carro por 4 horas em Aparecida de Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)Bebê que morreu após ficar trancado em
carro por 4 horas em Aparecida de
Goiânia, Goiás (Foto: Reprodução/TV Anhanguera)
A mãe do bebê de um ano que morreu depois de ficar por quatro horas fechado dentro de um carro, Andressa Prado de Oliveira, poderá enfrentar um júri popular caso venha a ser acusada pelo crime de homicídio doloso, quando há a intenção de matar. Presa na Casa de Prisão Provisória (CPP), a suspeita continua alegando inocência.

A titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), Myrian Vidal, afirmou ao G1 nesta segunda-feira (2) que, além do homicídio doloso, a suspeita também foi indiciada por duas tentativas de homicídio contra o filho, que teriam ocorrido no mês de dezembro de 2011. O relatório final do inquérito foi apresentado na sexta-feira (30) ao Poder Judiciário, que possivelmente o repassará à 4ª vara de crimes dolosos contra a vida de Aparecida de Goiânia, cidade em que ocorreu o fato.

Na quinta-feira (28), Andressa começou a ser representada pelo advogado José Patrício Júnior. O defensor disse que ainda não teve acesso ao relatório final do inquérito, mas reafirmou que a cliente alega inocência. “Peguei o procedimento já em andamento. Ainda não foi possível ver o que foi feito até agora, mas ela diz que é inocente, que deixou o filho para brincar, como de costume. Temos de esperar o laudo do IML”, diz José Patrício.

O defensor afirmou que Andressa está muito abalada. “Muito mais [doloroso] do que a prisão, é a pena de ter perdido o filho”, observa. Segundo José Patrício, a jovem, grávida de cinco meses, está recebendo tratamento ambulatorial e acompanhamento psicológico. “Ela está depressiva”, comenta.

A morte do menino aconteceu na última terça-feira (27), em Aparecida de Goiânia. Ainda na sexta-feira, a indiciada foi transferida da DPCA para a Casa de Prisão Provisória (CPP). A mãe da criança, Andressa do Prado Oliveira, de 26 anos, é apontada pela polícia como suspeita. Ela teria deixado o filho de um ano de idade sozinho dentro do carro com os vidros fechados, no Setor Santa Luzia. O bebê foi encontrado morto quatro horas depois pelo namorado da jovem. Ela se defende afirmando que por causa da gravidez tomou remédio para enjoo e dormiu.

Namorado
Myrian Vidal afirmou que até esta segunda-feira, o namorado da suspeita não foi responsabilizado pela morte do bebê, mas que isso poderá mudar a partir da apresentação dos laudos do Instituto de Criminalística e do Instituto Médico Legal (IML). “Acredito que a criança não tenha morrido na posição em que teria sido encontrada [deitada no banco do carro]. Não vejo uma criança de um ano enfrentando a morte com essa passividade”, observa.

Se a hipótese da delegada for confirmada, o companheiro de Andressa será ouvido novamente. “Ele vai ser investigado para ver se houve participação na morte ou falso testemunho”, conclui Myrian.

Fonte: G1

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