terça-feira, abril 03, 2012

Cerca de 200 mandados para cumprimento

A Polícia Civil está reunindo aproximadamente 200 mandados de busca e apreensão e prisão para serem cumpridos em conjunto com a Polícia Militar de Mossoró. Os documentos estão sendo catalogados e a operação conjunta está em fase de planejamento. Por enquanto ainda não há previsão de quando essas ações serão executadas, mas a ideia é que ocorram nos próximos dias. A Polícia Civil se une à PM, que tem realizado operações na cidade durante os últimos dias, tentando reduzir a violência.
Segundo o delegado regional de Mossoró, Claiton Pinho, já foi solicitado às delegacias especializadas e distritais da cidade que façam o levantamento das ordens judiciais que têm para serem cumpridas. Ele estima que sejam aproximadamente 200 mandados, que contemplam a prisão de assaltantes, traficantes, homicidas, estelionatários e outros bandidos. Com uma estrutura de trabalho extremamente reduzida, o cumprimento dessas ordens é praticamente impossível. Com o apoio da Polícia Militar, o delegado acredita ser possível dar uma resposta maior à demanda oriunda do Poder Judiciário.
A união das duas forças ocorrerá após a iniciativa da Polícia Militar, que uniu integrantes de vários setores diferentes, dentro da instituição, e deu início às operações chamadas de "Mossoró Segura". A princípio, o trabalho começou tímido, com a equipe do XII Batalhão de Polícia Militar, situado no bairro Alto de São Manoel (zona leste), atendendo apenas a sua área de atuação. Depois, o projeto foi expandido, com apoio dos policiais do II Batalhão de PM, no bairro Nova Betânia (zona norte). Depois vieram o II Distrito de Polícia Rodoviária Estadual e a Gerência Municipal de Trânsito.
Segundo Claiton Pinho, a princípio, o trabalho da Polícia Civil consistirá no levantamento de dados a respeito dos criminosos foragidos, identificando seus paradeiros. De posse dessas informações, junto com as demais forças envolvidas na operação Mossoró Segura, esses criminosos serão "caçados". Claiton adianta que está sendo feito um estudo interno para definir quais seriam as atribuições da Civil dentro desse trabalho, além do cumprimento das ordens judiciais que estão em aberto nas delegacias. "A gente ainda está em estudo para fazer um trabalho mais elaborado", explica o delegado.
Apesar de não haver ainda uma definição específica, o delegado ressalta a importância dessa união. "Eles (a Polícia Militar) começaram com esse trabalho e vêm colhendo um bom resultado. As pessoas comentam nas ruas e se sentem mais seguras com essa ação da Polícia Militar. Nós vamos participar também, ajudando da maneira que for possível. É importante haver essa união de todos", destaca Claiton Pinho, que hoje é responsável pela administração da Polícia Civil na região de Mossoró, englobando outras cidades da região Oeste. Só em Mossoró, existem oito delegacias diferentes.

Quase 1.500 pessoas abordadas pelas ruas
A "Operação Mossoró" foi realizada duas vezes nos últimos dias. Quase 1.500 pessoas diferentes foram abordadas durante as duas ações em praticamente todas as regiões de Mossoró. O número de veículos abordados também é grande. Foram quase 650, incluindo carros e motocicletas.
O trabalho consiste basicamente na realização de blitze móveis em diferentes pontos da cidade. A cada edição, são escolhidos os alvos, seguindo o critério de estatística de violência feito pela Polícia Militar.
Na primeira vez que o projeto foi executado, os PMs abordaram 500 e fiscalizaram 427 carros ou motocicletas. Duas motos e dois carros furtados ou roubados foram recuperados durante as abordagens e dois foram presos por conduzirem veículos alcoolizados.
Na segunda etapa, foram abordadas 965 pessoas (houve um incremento no número de pessoas envolvidas nesta ação) e 202 veículos fiscalizados.
Ao todo, foram 1.465 pessoas abordadas e 629 veículos fiscalizados nas duas ações.
Os oficiais envolvidos na coordenação do projeto comemoram os resultados, apesar do baixo índice de prisões. Segundo o tenente-coronel Francisco Alvibá Ferreira, do XII BPM, a intenção primária não é prender. Ele diz que o objetivo dessas ações é inibir o criminoso, evitando que haja o delito.

Fonte: Defato

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