A Polícia Federal (PF) concluiu nessa quarta-feira (14) o inquérito policial da Operação Monte Carlo, deflagrada há três semanas que resultou na prisão de 20 pessoas ligadas à quadrilha que explorava máquinas caça-níqueis e pagava propina para agentes públicos de segurança. O chefe do grupo criminoso, o empresário Carlinhos Cachoeira, e mais 81 pessoas foram indiciadas.
Segundo a PF, os indiciados responderão pelos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, evasão de divisas, peculato, contrabando, formação de quadrilha e violação de sigilo profissional, além da contravenção penal de exploração de jogo de azar.
Cachoeira é acusado de comandar o jogo do bicho na Região Centro-Oeste, em especial no estado de Goiás. As investigações, iniciadas há 15 meses, apontam que o líder da quadrilha concedia a donos de galpões clandestinos, localizados em cidades goianas, uma espécie de “licença” de exploração dos pontos onde as máquinas eram instaladas.
Durante a operação, foram cumpridos 82 mandados judiciais, sendo 37 de busca e apreensão, além de 35 mandados de prisão e dez ordens de condução coercitiva em cinco estados. Entre os servidores públicos envolvidos, constam também dois policiais federais, um policial rodoviário federal e um servidor da Justiça Estadual goiana. Todos recebiam propina mensal ou semanal para favorecer a organização.
Até o momento, sete pessoas permanecem presas preventivamente, sendo que três estão no Presídio Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte. O contador da quadrilha permanece foragido.
Fonte: DN
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