ASSÚ - Por razões ainda não claramente explicadas, as atividades correspondentes ao Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) só reiniciarão em maio.
A definição surgiu por ocasião de um encontro ocorrido semana que passou na sede da Cooperativa de Assessoria e Serviços Múltiplos ao Desenvolvimento Rural (Coopervida), em Mossoró, segundo informação transmitida pelo dirigente sindical rural Francisco de Assis da Silva, "Diassis do Limoeiro", vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais do Assú e também presidente do Fundo Municipal de Apoio Comunitário (Fumac) na cidade.
"Diassis do Limoeiro" salientou que a notícia não veio com muita clareza. Ele lembrou que, em anos anteriores, o cronograma do P1MC sempre iniciava no mês de março. Sem ter uma explicação para o que houve, o presidente do Fumac vaticinou que a questão pode ser consequência de alguns ajustes do programa na instância do Governo Federal, um dos principais parceiros da realização.
"Antes, em março a gente começava os trabalhos relativos ao programa nos municípios da região", frisou. Ele contou que, embora o Assú já absorva mais de 200 cisternas construídas pelo P1MC, ainda é observada uma grande demanda reprimida.
Segundo ele, em 2011 o município apresentou um pleito visando a implantação de 322 reservatórios do gênero.
O presidente do Fumac enfatizou que a reivindicação chegou a ser aprovada pela coordenação estadual da Articulação do Semiárido Potiguar (Asa Potiguar).
Mas, o projeto não se concretizou, muito em parte por conta da indefinição se o Governo Federal manteria a parceria com a organização não governamental ASA, gestora do P1MC, que se constitui numa das ações do Programa de Formação e Mobilização Social para a Convivência com o Semiárido. "Diassis do Limoeiro" entende que este episódio retardou o atendimento ao pleito municipal.
ESFORÇO
"O Governo Federal sinalizou que queria trabalhar (o programa) com grandes empresas, e foi necessária uma grande mobilização da ASA e dos movimentos sociais em todo o país para que esta parceria fosse renovada", sentenciou.
"Houve inclusive uma grande manifestação no ano passado na cidade de Petrolina, em Pernambuco, com a mobilização de mais de 15 mil pessoas", ilustrou o dirigente, ressaltando a importância do programa. "É um programa de enorme alcance social", disse. "Ninguém sabe o tamanho da importância de uma cisterna com capacidade para 16 mil litros d'água para uma família do meio rural onde o acesso à água não é fácil", finalizou.
Programa investe em sistema de convivência sustentável
O Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) vem desencadeando um movimento de articulação e de convivência sustentável com o ecossistema do semiárido, através do fortalecimento da sociedade civil, da mobilização, envolvimento e capacitação das famílias, com uma proposta de educação processual.
Seu objetivo primordial é beneficiar cerca de cinco milhões de pessoas em toda região semiárida com água potável para beber e cozinhar, através das cisternas de placas. Juntas, elas formam uma infraestrutura descentralizada de abastecimento com capacidade para 16 bilhões de litros d'água.
O programa é destinado às famílias com renda até meio salário mínimo por membro da família, incluídas no Cadastro Único do Governo Federal, e que residam permanentemente na área rural e não tenham acesso ao sistema público de abastecimento de água.
Fonte: O Mossoroense
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