A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap) confirmou que o atual diretor do Presídio Regional Romero Nóbrega em Patos, no Sertão paraibano, foi preso nesta quarta-feira (21) durante uma operação policial. A assessoria ainda informou que um ex-diretor da unidade prisional também foi preso. O objetivo da ação é combater o esquema de tráfico de drogas em municípios da região que seria comandando dentro celas e unidades prisionais de Patos.
Presidiários e agentes penitenciários suspeitos de participar do esquema também foram presos e estão sendo transferidos para o presídio de segurança máxima PB1, em João Pessoa. Estão sendo cumpridos de 23 mandados de prisão expedidos pela Justiça para a Operação Hidra, realizada pelas Polícias Civil e Militar da Paraíba e de Pernambuco.
Até as 8h15, 21 mandados haviam sido cumpridos durante a Operação Hidra. Os demais suspeitos de envolvimento na quadrilha foram encaminhados à delegacia regional de Patos para prestar depoimento. A Secretaria Estadual de Segurança Pública convocou a imprensa para uma entrevista coletiva às 10h na cidade, na presença do secretário Cláudio Lima, do comandante geral da Polícia Militar, coronel Euller Chaves, e de um representante da Polícia Civil. O Ministério Público Estadual também acompanha as investigações e as prisões.
Como funcionava
As buscas começaram na manhã desta quarta-feira (21) nas cidades de Patos, São Bento, São José de Piranhas e Teixeira, na Paraíba, além de São José do Egito, em Pernambuco. Conforme a polícia, a organização criminosa atuava distribuindo drogas originárias da Bolívia e do Paraguai para cidades da Paraíba e de Pernambuco. O esquema seria comandado por um presidiário de Patos, com a conivência e facilitação do ex-diretor e da atual direção do Presídio Regional Romero Nóbrega, além da participação de cinco agentes penitenciários.
A polícia e o Ministério Público também apuram o uso de carros oficiais da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária na escolta de presos do regime fechado, que teriam sido levados por funcionários de presídios para administrar o tráfico junto a grupos criminosos em bairros. Ainda é investigada a participação de pessoas em São Paulo, Rio Grande do Norte e Pernambuco.
Fonte: Eduardo Dantas
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