PACIENTE DEVORADO VIVO POR LARVAS
O governador de Rondônia, Confúcio Moura (PMDB), deveria ter vergonha da cena deplorável exibida por um vídeo postado no youtube e que já foi visto por milhares de pessoas. Um paciente de idade aparece jogado no chão do Hospital João Paulo II, na ala do necrotério. O doente não está morto. Ainda. De sua boca saem larvas, conhecidas por tapurus. Deitado no chão, o paciente agoniza, sem qualquer assistência. A cena repugnante é o retrato da nova Rondônia na administração do PMDB.
O João Paulo II é o mesmo hopital onde o diretor tirou a roupa, saiu gritando pelos corredores, foi contido por policiais militares e continuou no cargo.
Também é o mesmo hospital que recebeu a visita do Fantástico e do governador Confúcio Moura no início da atual administração. Na época, Confúcio dizia que iria tirar os pacientes do chão em 100 dias. Já passou mais de um ano e a situação, que já era ruim, pirou ainda mais.E o governador de Rondônia, que é médico, fez sua campanha eleitoral vitoriosa prometendo melhorar a saúde pública estadual.
Conselhos de Medicina denunciam desrespeito aos direitos humanos em hospital de Porto Velho
Imagens repugnantes, que representam uma agressão aos direitos humanos, foram divulgadas nesta quarta-feira (28), pela imprensa de Rondônia e pela internet. Diante do quadro que apresenta um homem sendo devorado por larvas dentro de um hospital de Porto Velho (RO), os Conselhos Federal de Medicina (CFM) e Regional de Medicina do Estado (Cremero) divulgaram nota pública de repúdio e conclamam a sociedade a combater os desmandos nos setor.
“Este caso exemplifica o desrespeito aos direitos humanos e a Constituição brasileira, que determina que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado, sendo a dignidade dos indivíduos fundamental para a vida em sociedade. Os Conselhos conclamam todos os rondonienses, todas as entidades da sociedade civil organizada, os tomadores de decisão, o Ministério Público, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário a unir forças contra a iniquidade”, diz o documento.
Confira a íntegra da nota de esclarecimento dos conselhos.
NOTA DE REPÚDIO A AGRESSÃO AOS DIREITOS HUMANOS EM HOSPITAL DE PORTO VELHO
saúde pública em Rondônia vivencia período de crise por conta de sucessivos equívocos na esfera de sua gestão. Um exemplo concreto dos desmandos veio a tona com a Operação Termópilas, conduzida pelo Ministério Público Estadual, pelo Tribunal de Justiça do Estado e la Polícia Federal. A ação concluída no fim de 2011 culminou com a denúncia de envolvimento e a prisão de gestores públicos, políticos e empresários que desviavam recursos da saúde em benefício próprio.
Apesar disso e de outras várias denúncias feitas pelas entidades médicas, da sociedade civil e da imprensa, o descaso e a indiferença ainda campeiam comprometendo a vida e o bem estar dos cidadãos rondonienses. Infelizmente, o caos ultrapassou todos os limites.
Nesta quarta-feira (28), imagens chocantes veiculadas pela internet mostram o sofrimento e a tortura a qual os pacientes estão sendo submetidos no Estado. As cenas mostram um homem abandonado dentro do Hospital João Paulo II, em Porto Velho. Seu sofrimento é visível e sua agonia choca ainda mais ao percebermos que de sua boca saem larvas (tapurus), que o devoram vivo.
O Conselho Federal de Medicina e o Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero), inconformados com o quadro atual e com a indiferença do governador Confúcio Moura – lamentavelmente médico -, tomarão tomar medidas enérgicas para que situações semelhantes não voltem a acontecer.
Este caso exemplifica o desrespeito aos direitos humanos e a Constituição brasileira, que determina que a saúde é um direito de todos e um dever do Estado, sendo a dignidade dos indivíduos fundamental para a vida em sociedade. Os Conselhos conclamam todos os rondonienses, todas as entidades da sociedade civil organizada, os tomadores de decisão, o Ministério Público, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário a unir forças contra a iniquidade.
O silêncio significa cumplicidade com os desmandos. Os médicos não assinarão este pacto.
CONSELHO REGIONAL DE MEDICINA DO ESTADO DE RONDÔNIA
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA
Fonte: Assessoria de Imprensa do CFM
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