A deficiência estrutural, material e humana do Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) de Natal será discutida em uma audiência pública, proposta pelo Ministério Público Estadual. A situação se repete nas outras duas unidades da instituição, em Mossoró e Caicó. Esta segunda tem a pior estrutura de todas, que não tem nem ao menos um perito criminal em sua equipe. O perito é o profissional fundamental ao trabalho de Polícia Científica.
A audiência pública está prevista para acontecer no dia 29 deste mês, na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, em Candelária, na capital do RN. A convocação está sendo feita pelo MP, através da 19ª Promotoria da Comarca de Natal, que faz parte do Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (NUCAP) do Estado.
Através de nota divulgada ontem pela assessoria de imprensa em seu site, o Ministério Público informou que a audiência será aberta e qualquer pessoa poderá participar. A intenção é convocar representantes do Governo do Estado, especificamente da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED) e do Itep para falar sobre o tema e encontrar uma solução para a questão, que tem se agravado.
IMPERÍCIA
Em agosto de 2010, o JORNAL DE FATO publicou uma reportagem especial intitulada "A imperícia no Interior", mostrando o problema enfrentado pelo Itep, principalmente no interior do Estado potiguar.
Uma pesquisa feita pelo jornal Estado de São Paulo, naquele mesmo período, mostrou que o RN possui uma das piores polícias científicas do Brasil, juntamente com o Maranhão, Sergipe e Roraima.
A estrutura da capital era relativamente boa, enquanto as duas sedes do interior viviam situação de relativo abandono.
Na época, o Governo do Estado anunciou uma série de investimentos para o Itep, tanto na capital, quanto no interior, o que não foi executado e a instituição continua sobrevivendo, em péssimas condições.
Fonte: Defato
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