O MMA é um dos esportes que mais cresce no país e, recentemente, virou um dos destaques da programação esportiva da rede Globo, que adquiriu os direitos para a transmissão das lutas do UFC. Porém, nem todos os veículos da mídia esportiva veem a arte marcial mista como um esporte seguro. Neste domingo, a rede Record destacou 14 minutos do programa Domingo Espetacular, no horário nobre da TV, para criticar a violência e questionar a segurança da modalidade de Anderson Silva e Júnior Cigano.
A repercussão da matéria foi quase imediata nas mídias sociais, especialmente entre atletas e adeptos da modalidade. O lutador Wanderlei Silva foi um dos primeiros a comentar a reportagem em sua conta no Twitter.
Logo no início do vídeo, a reportagem conta a história de Jeffrey Dunbar, lutador de MMA que ficou paraplégico por conta de um golpe recebido durante luta no octógono. “O MMA, que parecia ser a grande esperança para mudar de vida só trouxe mais dificuldades”, destacou o texto da rede Record, repetindo sucessivamente as imagens do golpe que hospitalizou Dunbrar.
Em outro momento, a matéria entrevista pessoas na rua e nenhuma opinião a favor da modalidade é ouvida. “Não é um esporte porque, se briga de galo ainda é proibido, isso é a mesma coisa”, argumenta um cidadão entrevistado. Depois de citar que alguns estados dos Estados Unidos não permitem a prática do MMA, a Record abre espaço para o deputado federal José Mentor, autor de um projeto de lei que pretende proibir as exibições também no Brasil.
Odair Borges, mestre em Educação Física pela USP, onde é professor, publicou um artigo no Jornal Correio Popular de Campinas comparando o MMA a “combates sangrentos da antiga Roma”, e taxando o UFC 142, realizado no Rio de Janeiro, como “circo”.
“Poucos dias antes do início do último circo do MMA no Rio de Janeiro, durante entrevista coletiva, torcedores em manifestação grotesca e aos gritos de “Vai morrer!, Vai morrer!”, impediram o lutador americano Chad Mendes, desafiante do brasileiro José Aldo, de ouvir as perguntas dos jornalistas credenciados”, diz trecho da publicação, entitulada “MMA: A violência explícita”
Fonte: Uol Esportes
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