A Terceira Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região negou nesta segunda-feira (26), por unanimidade, o pedido de liberdade feito pela defesa do empresário Carlos Augusto de Almeida Ramos, conhecido como Carlinhos Cachoeira. Cabe recurso à decisão.
Cachoeira foi preso pela Polícia Federal no dia 29 de fevereiro, em Goiânia, suspeito de chefiar uma quadrilha de exploração de jogos com máquinas caça-níqueis. Por questões de segurança, Cachoeira foi transferido para o presídio federal de segurança máxima em Mossoró, Rio Grande do Norte.
O G1 procurou nesta segunda a defesa de Carlinhos Cachoeira e deixou recado por telefone, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
No último dia 29, o advogado de Cachoeira, Ricardo Sayeg, disse que a prisão de Cachoeira foi "superdimensionada". Para ele, "o crime estruturante, que é contravenção penal, deve ser punido com prisão simples. Me parece que o pedido de prisão preventiva é o cumprimento antecipado de pena", afirmou o advogado na ocasião - ele destacou que o cliente não tem antecedentes criminais.
O voto do relator do caso, desembargador Tourinho Neto, que negou o pedido de liberdade feito pelos advogados do empresário, foi acompanhado pelos outros dois integrantes da turma. De acordo com Tourinho Neto, era necessário manter Cachoeira preso para "garantir a ordem pública".
Em seu voto, o desembargador afirmou haver indícios de "grande extensão" de atuação criminosa e citou como agravantes a participação de ocupantes de "cargos públicos de alto escalão" e a repetição de crimes, como corrupção ativa e evasão de divisas. Segundo a Polícia Federal, o esquema de casas de jogos com máquinas caça-níqueis funcionava havia 17 anos, sob o comando de Cachoeira.
De acordo com a superintendência da PF no Distrito Federal, o grupo que explorava jogos ilegais tinha cerca de 80 pessoas, das quais 40 agentes públicos (policiais civis, militares e servidores da Justiça) e 40 civis.
Fonte: G1
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