quinta-feira, março 08, 2012

Juiz ouve testemunhas e servidora fala das licitações no Ipem

Prédio da Justiça Federal / RN

O juiz federal Halison Rêgo Bezerra, e o procurador do MPF Rodrigo Teles começaram a ouvir, nessa quarta-feira (7), as testemunhas da operação Pecado Capital, sobre um suposto esquema de desvio de recursos no Instituto de Pesos e Medidas do Estado (Ipem/RN).

Sete das 92 testemunhas foram ouvidas durante a tarde e parte da noite de ontem. Rychardson de Macêdo, apontado pelo MP como o chefe do suposto esquema, acompanhou todos os depoimentos e chegou a fazer perguntas durante o depoimento da servidora Maria do Socorro Freitas. Ela foi a primeira a depor.

Em um depoimento longo e confuso, a servidora detalhou como ocorriam as licitações durante a gestão de Rychardson de Macêdo, enquanto diretor da autarquia e chegou a ser advertida pelo juiz de que, caso mentisse durante o depoimento poderia ser presa.

Segundo Maria do Socorro, a maioria das licitações era feita por carta convite e todos os processos eram feitos dentro da lei. Contudo afirmou que acumulou os cargos de pregoeira, chefe do Setor de Licitações e coordenadora do Setor de Fiscalização durante o período.

Ela disse ainda que todos os processos eram protocolados, adjudicados e homologados, mas admitiu que muitas licitações não passavam pela comissão.

Depois dela foi a vez do delegado Matias Laurentino, que confirmou que deu início às investigações quando era o titular da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Ordem Tributária (Deicot), mas que, passado um mês, foi exonerado do cargo e impedido de continuar com as investigações.

Além desses, a chefe do Setor de Protocolo do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Mayra Gomes, reafirmou, em um depoimento rápido, que na época, identificou um ofício falso encaminhado pelo Ipem/RN ao então conselheiro Alcimar Torquato, sobre as despesas da autarquia com uma assinatura falsa, e numeração e datas incoerentes.

As outras quatro testemunhas apenas confirmaram que recebiam recursos em suas contas bancárias, mas não sabiam a origem. 

Fonte: Portal Nominuto

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